Olhar Direto

Sábado, 04 de maio de 2024

Notícias | Política MT

PERSPECTIVA INDIGESTA

Pedro Henry leva vantagem e filia Eraí Maggi para ser governador em 2014

Foto: Vinícius Tavares/OD

Pedro Henry é uma perspectiva indigesta como aliado de Eraí Maggi, porque teria forte influência num eventual governo

Pedro Henry é uma perspectiva indigesta como aliado de Eraí Maggi, porque teria forte influência num eventual governo

Considerado por muitos como carta fora do baralho desde que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do ‘mensalão’, o deputado federal Pedro Henry (PP) atraiu o ‘rei da soja’ Eraí Maggi Scheffer e mostrou que sabe jogar como poucos o xadrez político. A avaliação dos bastidores políticos de alguns dos principais dirigentes é de que Henry ganhou com astúcia a queda-de-braço imaginária contra PMDB e PR.


Leia mais: Eraí Maggi opta pelo PP para evitar "resistências internas" à candidatura ao governo de MT

Eraí articula com Maggi e ministra da Casa Civil candidatura a governo e nega ser suplente de Fagundes

Por outro lado, Eraí Maggi corre o risco de passar a campanha inteira sendo obrigado a dar explicações sobre a presença de Henry em seu grupo político, caso saia candidato ao governo de Mato Grosso ou Senado da República. A tese de Maggi Scheffer de que escolheu o PP para ter liberdade de articular candidatura majoritária, seja para o governo ou ao Senado, tende a ser difícil de explicar para o eleitorado, durante o pleito de 2014.

Quando saiu do PDT para não confrontar com o senador Pedro Taques, pré-candidato da coligação, ele recebeu convites de vários partidos, como PTB, PMDB, PR, PSD, PSB e até PCdoB. Durante algum tempo, sua filiação ao PTB era dada como certa. Depois, deixou vazar sua possível preferência pelo PMDB e, por fim, manifestou simpatia para se juntar ao primo Blairo, no PR.

“A filiação dele no PP, ao lado do [Pedro] Henry é um desserviço para a vida pública de Mato Grosso. Talvez tenha avaliado os aspectos político e técnico, mas não o ponto de vista moral”, argumenta um influente líder político mato-grossense.

Condenado no ‘Escândalo do Mensalão’ e agora na oposição ao Governo Silval Barbosa, Pedro Henry via o PP definhar. Aliás, o PP de 2013 é apenas um pálida lembrança do partido que, em 2014, elegeu o vice-governador Chico Daltro, hoje presidente do PSD, com dois deputados federais e cinco estaduais.

No governo Silval, com quem rompeu há poucos meses, Pedro Henry foi o responsável pela implantação do contestado modelo de gestão nos hospitais, em que as Organizações Sociais de Saúde (OSS) têm o poder de gerenciar o sistema. Desde o final do primeiro semestre dentes ano, Henry e os deputados do PP têm sido o principais críticos das falhas registradas na Secretaria de Estado de Saúde, na administração Silval.

Dos federais, sobrou Pedro Henry, no quinto mandato na Câmara Federal, mas já cassado pelo STF. Eliene Lima migrou para o PSD, criado Gilberto Kassab pós eleições de 2010.

Dos deputados estaduais, ficaram Ezequiel Fonseca e Antônio Azambuja. Saíram para o PSD os deputados José Riva, presidente afastado da Assembleia; Walter Rabello Júnior e Airton Português.

Chapa proporcional

Eraí Maggi vai trabalhar para montar uma chapa proporcional forte, no PP. Todavia, pode-se dizer que o único nome de ‘peso’ filiado nas últimas semanas foi o secretário de Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo, egresso do PR. Apenas dois outros nomes de destaque podem disputar para a Assembleia Legislativa: o atual deputado Antônio Azambuja e o suplente de deputado e ex-vereador Deucimar Silva, ex-presidente da Câmara de Cuiabá.

A reportagem do Olhar Direto apurou que o deputado estadual Ezequiel Ângelo, atual presidente estadual do PP, deve disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados, em 2014.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet