O governador Pedro Taques (PSDB) sinalizou pelo apoio à eventual candidatura à reeleição do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB). Apesar de evasivo, o tucano lembrou que os dois são aliados políticos desde a eleição de 2010, e que as chances de dar continuidade a essa aliança são grandes. Na época, Taques se elegeu senador e Mendes perdeu a eleição para governador. Em 2012, Mendes se elegeu prefeito com apoio de Taques e, em 2014, Taques se elegeu governador com apoio do prefeito da capital.
Leia Mais:
Taques afirma que não há como Executivo continuar pagando inativos da AL e aguarda proposta de Maluf
“Não existe essa historia de retribuição. Existe o momento histórico que nós vivemos. Estivemos juntos em 2010, estivemos juntos em 2014, e existe grande possibilidade de estarmos juntos em 2016. Agora só falta o Mauro definir se é candidato, e aí nós vamos discutir politicamente”, declarou.
Taques destacou o fato de que Mendes ainda não anunciou sua decisão sobre ser ou não candidato, o que, em tese, emperra as negociações sobre aliança. “Primeiro precisamos saber se o Mauro é candidato. Mauro ainda não tratou da eleição de 2016. A hora que ele se manifestar como candidato, nós vamos conversar politicamente”, disse.
Diversos tucanos da capital, especialmente os deputados estaduais Wilson Santos, que já foi prefeito de Cuiabá, e Guilherme Maluf, que perdeu as eleições de 2012 para Mendes, têm defendido que o PSDB lance um candidato próprio à prefeitura, rompendo a aliança com a gestão de Mendes. Outros, porém, defendem que a continuidade da aliança dos tucanos com o prefeito.
Outro aliado de Mendes, porém, pode ser um empecilho – seu padrinho político, o senador Blairo Maggi (PR). De malas prontas para ingressar no PMDB, Blairo pode levar a sigla para o palanque de Mendes. A rejeição de Taques à sigla é notória, e muitos apostam que ele pode acabar deixando a aliança para evitar dividir o palanque com o PMDB.
Em 2012, quando Mendes “flertou” com o PMDB do então governador Silval Barbosa, Taques ameaçou deixar o arco de aliança. O então senador acabou vencendo a queda-de-braço e o PMDB acabou apoiando Lúdio Cabral (PT) para prefeito.