Aliados e adversários podem dizer o que bem entenderem e quiserem do governador José Pedro Taques (PSDB), sobre sua atuação nos últimos 13 meses, menos que é desleal e ingrato. E isso fica claro ao estender as mãos para os prefeitos Mauro Mendes (PSB), de Cuiabá, e Lucimar Campos (DEM), de Várzea Grande, nos últimos meses, que passaram a ter chances reais de sonhar com a eventual disputa da reeleição com perspectivas de vitória, em outubro deste ano.
 
Por mais que Mendes e Lucimar demonstrem competência, as prefeituras da Grande Cuiabá estão atoladas em problemas de toda sorte, principalmente em questões cruciais, como saúde e infraestrutura. E é improvável que conseguissem fazer do limão, uma limonada (leia-se reeleição), sem o apoio amplo, geral e irrestrito de Pedro Taques.

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A grave crise que atinge as prefeituras de Mato Grosso não poupou ninguém – tampouco as maiores cidades – e, sem apoio do governo estadual, os prefeitos teriam dificuldades infinitamente maiores. Pedro Taques enfiou a mão no bolo – no caso, no Tesouro do Estado – para ajudar os prefeitos melhorarem as administrações da Capital e de Várzea Grande, principalmente em saúde.
 
A reportagemdo Olhar Direto registrou que Pedro Taques destinou mais de R$ 50 milhões para o novo Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá e R$ 26 milhões por ano para o Hospital São Benedito. No geral, o governo Taques transferiu mais de R$ 200 milhões aos municípios da Região Metropolitana de Cuiabá para investimentos em saúde, infraestrutura urbana, cultura e segurança, entre outras áreas.  
 
“O governador estendeu a mão justamente quando os municípios mais necessitavam desses recursos. O resultado são prefeitos trabalhando com orçamentos maiores, em condições de atender algumas das áreas mais sofridas”, destacou o deputado federal Nilson Leitão, presidente regional do PSDB.  
 
Mesmo reclamando das condições precárias das receitas estaduais, Pedro Taques entrou de cabeça no apoio financeiro para o repasse de verbas aos municípios da Baixada Cuiabana. E, de quebra, Taques acabou com o  risco de paralisação de convênios e obras em andamento das Prefeitura de Cuiabá e Várzea Grande. “Passamos a ter condições de assegurar a contrapartida, o que é indispensável”, admitiu o vice-prefeito Arilson Arruda (DEM), de Várzea Grande, após participar de cerimônia  ao lado de Lucimar e Taques.
 
Pedro Taques quase enlouqueceu os secretários de Estado de Fazenda, Paulo Brustolin; e de Planejamento, Marco Aurélio Marrafon, para que o governo estudasse solução para honrar os acordos já firmados com os municípios e buscar soluções para os outras parcerias.
 
E partiu da equipe econômica algumas das alternativas apresentadas pelo governo do Estado para ajudar os municípios. O repasse de R$ 50 milhões para a Prefeitura de Cuiabá investir no novo Pronto Socorro, por exemplo, veio a partir de aumento das receitas próprias, em 2015-16.  
 
Desta forma, graças ao apoio de Pedro Taques, irrefutável e irrevogável, Mauro Mendes e Lucimar  Campos são favoritos para o enfrentamento, em outubro, pelas prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande.