Enquanto os favoritos dão as cartas na briga pela presidência da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), o prefeito Adair José Alves Moreira (PMDB), de Alto Paraguai, corre por fora, no corpo-a-corpo na busca de apoio dos colegas. “Vamos para o embate, com a proposta de autonomia plena da AMM, como autêntico instrumento de representação das prefeituras”, observou Adair Moreira.
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Os prefeitos Neurilan Fraga (PSD), de Nortelândia, tem o apoio do presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Geraldo Riva (PSD), enquanto o prefeito licenciado Otaviano Pivetta (PDT), de Lucas do Rio Verde, representa o grupo do senador José Pedro Taques (PDT).
Adair Alves crê estar conseguindo agregar apoio de parcela considerável dos colegas, por defender que a entidade seja apartidária e com posições firmes na defesa dos municípios. Ele crê ter saído fortalecido com as desistências dos prefeitos Dilceu Rossato (PR), de Sorriso; e Maurão Rosa (PPS), de Água Boa.
“Minha intenção é construir uma candidatura única, que junte equipes de diferentes correntes. Já falei com alguns pré-candidatos e senti que há uma disposição para isso. Um entendimento de que a disputa não seria benéfica, porque precisamos rever o papel da AMM”, revelou Adair José Moreira.
A reportagem do
Olhar Direto constatou que existe a certeza de que a disputa pela AMM esquentou o meio político nas últimas semanas até a definição dos nomes dos candidatos. O prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), tido como o mais forte na disputa com apoio de Pedro Taques, desistiu para apoiar Adair José e se lançou candidato, por sugestão de Taques.
Otaviano Pivetta é o coordenador de equipe de transição de Taques. Neurilan Fraga tem apoio de Riva e espera conquistar a maioria dos prefeitos. Porém, Pivetta deseja quebrar a sequência de vitórias do grupo de José Riva no comando da AMM e ainda garantir base para o governo Taques, junto aos municípios.
É por isso que Pivetta critica a centralização da arrecadação “favoráveis aos governos federais e estaduais” e ressalta a importância de os recursos chegaram à base. “É no município que o cidadão precisa dos serviços e das obras públicas, o poder local é o único dos entes federativos capaz de melhorar a vida das pessoas; e o governador eleito Pedro Taques sabe bem disso”, avisou Pivetta.
Com Neurlian, Pivetta e Adair, o que deveria ser uma simples disputa pelo comando da AMM, acaba de se transformar num choque dos principais líderes políticos do Estado. E com perspectiva de reverberar nas eleições de 2016. E a mexida no tabuleiro que mais provocou ‘frisson’ foi a entrada do prefeito de Lucas do Rio Verde.
O atual presidente da AMM, prefeitoValdeci Luiz Colle, conhecido como Chiquinho do Posto (PSD), não estaria sendo visto como bom cabo eleitoral. E a maior prova disso é que nenhum dos candidatos a presidência buscou o apoio de Chiquinho do Posto.
