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Quinta-feira, 09 de maio de 2024

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R$ 9 mi em hidrômetros

Prefeito diz que CAB preferiu cobrar água de mais pessoas ao invés de evitar desperdício

Foto: Tchélo Figueiredo / Secom Cuiabá

Prefeito diz que CAB preferiu cobrar água de mais pessoas ao invés de evitar desperdício
O prefeito Mauro Mendes (PSB) criticou artifícios usados pela CAB Cuiabá para tentar bater o cumprimento de metas da redução de desperdício da rede de abastecimento de água e ampliação da coleta de esgoto na capital. Passados três anos e quatro meses que a empresa assumiu a concessão dos serviços, a meta de universalizar o abastecimento de água na cidade ainda não foi cumprida.


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Durante apresentação do relatório da Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec) à imprensa, na tarde desta sexta-feira (14), o prefeito citou a colocação de hidrômetros, também conhecidos como relógios medidores de água, como uma estratégia usada pela CAB para computar como aumento do abastecimento e redução de perdas.

“O grande investimento que a CAB fez nesse período foi colocar hidrômetros como forma de conter o uso abusivo de água daquelas pessoas que não tinha hidrômetro e não pagavam pela água”, afirmou o prefeito. “E ficou claro que a estratégia de reduzir perdas através de hidrometração não funcionou, porque eles não atingiram a meta de reduzir as perdas a 55% no terceiro ano; ainda está em 65%. A meta é chegar a 2020 com apenas 30% de perdas”, completou.

O prefeito apontou que a CAB investiu R$ 121,4 milhões em medição de água, enquanto a meta era ter investido R$ 9,5 milhões no período. “O maior investimento da CAB foi em hidrômetros, como se isso por si só pudesse contribuir para fazer a água chegar à casa de todas as pessoas. Essa água não está chegando à casa das pessoas porque o índice de perda ainda é muito elevado”, disse Mendes.

Com relação à rede de esgoto, o prefeito destacou que a CAB construiu apenas 933 metros da rede nesse período, enquanto a meta era de 118 quilômetros – ou seja, a empresa executou menos de 1% do previsto no contrato. Segundo Mendes, a CAB ainda tentou computar como cumprimento de meta os 108 quilômetros que foram feitos por construtoras em obras privadas, como conjuntos habitacionais.

“Em três anos observamos que praticamente todo o investimento feito na rede de esgoto de Cuiabá foi feito por investidores privados, especialmente de residenciais do programa Minha Casa Minha Vida. A CAB não fez praticamente nada da rede de esgoto. Foram 933 metros ao longo do contrato”, observou Mendes.

Outro lado

A reportagem do Olhar Direto entrou em contato com a assessoria da CAB Cuiabá, que ainda não se pronunciou sobre os números apresentados pela Arsec e as declarações do prefeito Mauro Mendes. 
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