A Prefeitura de Cuiabá encerrou a negociação com o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso por considerar que a greve marcada para iniciar na próxima terça-feira,dia 16, tem cunho meramente político, sem qualquer vínculo trabalhista. “É imprescindível deixar claro: o acordo firmado no Núcleo de Métodos Consensuais do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em abril, foi cumprido à risca. Não cabe outra interpretação, exceto o fato de que a greve é politica, com intuito de prejudicar a administração e, por consequência, a população”, afirmou o secretário municipal de Governo e Comunicação, jornalista Kleber Lima, que participou de quase todas as conversações.

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“É lógico que a Prefeitura de Cuiabá gostaria, sim, de pagar um piso salarial de R$ 11 mil para os nossos médicos. Porém, não existem condições financeiras tampouco orçamentárias de se fazer isso. Portanto, a greve é ilegal e abusiva”, pontuou Lima, para a reportagem do Olhar Direto, ao esclarecer o recurso protocolizado no Núcleo de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
 
Kleber Lima afiançou que a administração Mauro Mendes possui uma ótima relação com a categoria e que o problema é com a diretoria do Sindmed. “Quando se decide fazer greve sem pauta clara, então, há algo para se esconder”, citou ele, lembrando que foram asseguradas medidas que melhoram as condições de trabalho,  inclusive na área de segurança – policiais militares prestam serviço fardado (em seu horário de folga da corporação), conforme convênio celerado pela Prefeitura de Cuiabá com a Polícia Militar.
 
A crítica do Sindmed de que os 730 médicos recebem baixos salários – menos de R$ 4 mil, segundo Kleber Lima, não é verdade. “Caso fosse possível que prefeitura pagasse R$ 11 mil, seria ótimo. Mas os médicos contratados recebem em média R$ 7,5 mil – com vencimento inicial de R$ 2,45 mil, enquanto os concursados recebem em média R$ 9,5 mil – com R$ 3,5 mil iniciais”, citou o secretário de Governo e Comunicação.
 
As limitações financeiras, inclusive impostas pelo limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), na avaliação do secretário municipal de Governo e Comunicação, foram muito bem explicadas para o Sindmed.  
 
O procurador geral do município em exercício Ronilson   Souza Rondon protocolizou recurso no Tribunal de Justiça de Mato Grosso para que continue a mediação da negociação com os médicos. No documento, ele citou o atendimento de todas as reivindicações, item por item.