A estratégia do ex-governador e senador Blairo Maggi (PR) de resistir ao máximo antes de entrar no processo eleitoral é a crença do presidente em exercício da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), para apostar que, em junho, todos os partidos da base aliada – liderados por PMDB, PT, PR e PSD – estarão erguendo sua bandeira. A avaliação de Romoaldo, quase em tom de desabafo, foi formulada ao Programa Conexão Poder, na TV Rondon (SBT – Canal 5), levado ao ar na noite deste domingo (23).

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Romoaldo Júnior também defendeu a permanência do governador Silval Barbosa (PMDB) no comando do Palácio Paiaguás até o final do mandato – 31 de dezembro deste ano. “Ele sofreu demais para elaborar os projetos e captar recursos. E não é justo que deixe o cargo justamente agora, com tantas inaugurações”, pontuou ele, que foi líder do governo na Assembleia por quase três anos. Em sua postura, apenas confirmou reportagem concedida recentemente para o Olhar Direto.

Mesmo com prazo apertado, Romoaldo assegura que Silval irá inaugurar toas as obras da Copa do Pantanal Fifa 2014 até maio, com exceção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.

O presidente em exercício da Assembléia entende que as negativas sistemáticas de Blairo Maggi, nos últimos meses, inclusive com o lançamento da pré-candidatura do seu suplente de senador José Aparecido Cidinho Santos (PR), cumprem apenas um ritual que vem desde 2002. “Realmente Blairo possui outros projetos, como por exemplo criar um banco. E por isso é certo que ele vai tentar ‘emplacar’ o Cidinho como candidato”, observou.

“Depois, no frigir dos ovos, se não tiver jeito, sai ele mesmo para governador, como aconteceu das outras vezes”, rememora o presidente da Assembléia. “Quem põe Maggi totalmente foram, está com uma leitura política equivocada, colocando em risco o seu próprio futuro político”, emendou Romoaldo, numa alfinetada indireta ao senador mato-grossense José Pedro Taques (PDT), principal pré-candidato a governador de Mato Grosso até o momento.

“No linguajar cuiabano, diria que não adianta ‘pegar corda’ de alguns políticos [da oposição] e tratar Blairo como ausente, porque isso não vai acontecer. Mesmo que não seja candidato, estará na luta para ajudar seu grupo a conquistar mandatos eletivos”, argumenta ele.

Blairo Maggi diz sempre que “em princípio, não tenho intenção de concorrer a qualquer cargo público, neste ano”. Contudo, é favorito entre os aliados – PMDB, PSD, PR, PT, PP, PCdoB, PSC e Pros.

Sem o senador repubicano, os principais pré-candidatos colocados são Ludio Cabral (PT), o vice-governador Chico Daltro (PSD) e o suplente de senador Cidinho Santos (PR) ou o ex-prefeito maurício Tonhá, o ‘Maurição da Água Boa’.

Já são pré-candidato ao governo de Mato Grosso, independente das intempéries, José Pedro Taques e o jornalista José Marcondes Neto Muvuca (PHS).

Existe a possibilidade de uma terceira via na batalha pelo Palácio Paiaguás, liderada por PSDB e DEM, mas as conversações ainda são muito insipientes. (Colaborou Darwin Júnior, Olhar Copa).