Preso por desacato a autoridade na manhã desta quarta-feira (13), o servidor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) Alex Alexandre Andrade ficou detido cerca de duas horas na Cisc Planalto, em Cuiabá. A voz de prisão foi decretada pelo tenente coronel Otomar Pereira, que durante toda a ação comandou as negociações com os servidores grevistas que ocupavam o pátio de vistoria do departamento.

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“No momento que eu realizava a leitura dos direitos, um procedimento comum nessas ocasiões e esse funcionário, de uma forma genérica, disse que o que estávamos fazendo era uma covardia, porém em um segundo momento, ele [Alex] se direcionou a mim e disso ‘isso é uma cobardia’, o que se enquadrou em desacato a autoridade”.

A descrição feita pelo coronel foi condizente com a alegação feita pelos servidores testemunharam o momento da prisão de Alex, porém, a prisão do colega foi considerada injusta. “Ele não desacatou autoridade, apenas disse que o que estava ocorrendo ali, de forma generalizada, era uma covardia”, ressaltou Veneranda Costa, presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran-MT).

A prisão de Alex gerou um início de tumulto entre os policias que o encaminhavam para a viatura com e um pequeno grupo de servidores do Detran-MT. Em meio à confusão, um policial que acompanhava a prisão do servidor utilizou spray de pimenta contra os grevistas. Alex não resistiu à prisão e o grupo retornou ao pátio onde estavam os demais manifestantes.

Durante toda a manhã desta terça-feira (13) mais de 80 servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) ocuparam o pátio de vistoria veicular do órgão em crítica aos servidores que decidiram retornar ao trabalho nesta terça-feira (13).

Segundo o Coronel Jadir Metello Costa, que também intermediou as negociações, a Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) e agentes do batalhão de trânsito da PM formou um ‘escudo’ “para manter e garantir a ordem” na frente do pátio onde os servidores permaneciam sentados no chão. A expectativa de confronto devido a chegada da Tropa de Choque não foi concretizada e a os agentes da Rotan foram liberado.

Até o início desta tarde, os servidores permaneciam no pátio do órgão e apenas os policias do Batalhão de Trânsito foram mantidos no local para garantir a realização das vistorias.