O procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, avaliou a prisão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) como “triste” e “positiva”, na medida em que combate a corrupção, mas também pune um gestor que foi eleito pelo povo. Além disso, ele afirmou que a prisão de um ex-governador, pela primeira vez na história de Mato Grosso, representa uma quebra de paradigma no estado.

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“Acredito que é uma quebra de paradigma. Nunca vi isso acontecer antes no estado de Mato Grosso. É positivo, sim, e triste, porque foi alguém que administrou o estado e teve o voto popular”, afirmou Prado, em entrevista após o lançamento da campanha “10 Medidas Contra a Corrupção”, na tarde desta quinta-feira (1º).

Na avaliação do procurador, as recentes operações contra a corrupção no estado têm se mostrado efetivas. Ele ainda disse que não há pessoalização, e sim combate à prática de corrupção.

“Avalio que as operações foram extremamente positivas, que surtiram efeito. Quero parabenizar todos os segmentos que participaram dessas operações. Não se trata de pessoas, e sim de fatos que caracterizam corrupção e precisam ser combatidos”, afirmou.

Silval Barbosa foi preso no dia 17 de setembro, dois dias após a deflagração da Operação Sodoma, da Polícia Civil, acusado de liderar uma organização criminosa que cobraria propina para fraudar a concessão de incentivos fiscais. Além de Silval, também foram presos os ex-secretários Pedro Nadaf e Marcel de Cursi.

A delação premiada do empresário João Batista Rosa, dono da Tractor Parts, DCP Máquinas e Casa de Engrenagem, fundamentou a operação. Ele teria sido extorquido em cerca de R$ 2 milhões para não perder os incentivos fiscais de seu grupo empresarial.