Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) devem entrar em greve a partir do dia 25 de maio. A previsão da categoria é que a paralisação seja nacional e unificada em todo o país. O indicativo de greve foi aprovado na reunião do Setor dos Docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), que aconteceu no último final de semana de abril.
Leia mais:
Conheça curso específico de preparação para cargo de Administrador do Detran-MT
A partir desta semana, serão realizadas mobilizações nas seções sindicais, que deverão definir as próximas ações da categoria. “O Setor aprovou o indicativo de período para inicio da greve, mas ainda dependerá da rodada de assembleias nas seções sindicais para definir se deflagraremos a greve e em que dia isso deve ocorrer”, explica Paulo Rizzo, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).
Está prevista ainda para o dia 14 de maio uma paralisação nacional dos docentes em defesa da carreira-salário, dos direitos de aposentadoria e contra os cortes de verbas na educação, além de mobilizações e atos. “Diante da conjuntura, temos a necessidade de fazer do dia 14 uma grande demonstração de força da categoria, sem o que não conseguiremos avançar nem na pauta específica dos docentes nem na unificada com os demais servidores federais”, explica Paulo Rizzo.
Os professores lutam também contra a PL 4330 (que dispõe sobre o contrato de prestação de serviço a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes) e as MPs 664 e 665 (que entre outros assuntos, determinam novas regras para acesso a benefícios previdenciários como, por exemplo, Abono Salarial, Seguro Desemprego e Auxílio Doença). No dia 29 de maio está marcada uma paralisação nacional para debater sobre estes assuntos.
A greve deverá começar entre os dias 25 e 29 de maio, de acordo com o movimento. Nos dias 15 e 16 de maio, ocorre nova reunião do Setor das Ifes, em Brasília, para avaliar a conjuntura e o resultado da rodada de assembleias sobre o indicativo de greve nos Estados. A reportagem tentou entrar em contato com a Adufmat (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso), mas não obteve sucesso.
“Mesmo diante das reiteradas solicitações de negociação junto ao MEC, completamos um ano da última reunião realizada para tratar das nossas reivindicações. O ANDES-SN tem pressionado o governo pela continuidade da negociação, com processo crescente de mobilização, expresso no desenvolvimento das atividades nas seções sindicais e na participação nas reuniões do setor, o que evidencia a insatisfação da categoria com os ataques do governo e a disposição de luta”, finalizou Rizzo.
