A direção do Hospital Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) rechaça a reclamação das famílias das vítimas da queda no elevador de uma obra na tarde da última quinta-feira (5), em Cuiabá. Por meio da assessoria de imprensa, o diretor da unidade, Ronaldo Taques, afirma que todo o atendimento necessário foi dado às vítimas.

No caso de Fernando Conceição Silva, 26 anos, terceiro morto no episódio, cuja família foi a primeira a reclamar do atendimento do pronto-socorro, o diretor afirmou que quatro especialistas trataram do paciente e ele só não foi transferido como queria a família porque o transporte seria ainda mais danoso para o paciente.

A direção do pronto-socorro argumenta que um neurocirurgião, um ortopedista, um cirurgião geral e um emergencista trataram do paciente e ele recebeu o melhor atendimento que a casa poderia dar. A atenção no tratamento, segundo o PS, também se repetiu com os outros feridos.

Ao Olhar Direto, parentes de Fernando Conceição Silva afirmaram, durante o velório, que houve negligência no tratamento do acidentado. A família disse acreditar que ele poderia ter sido atendido em menos tempo e sido transferido para outra unidade, tal como aconteceu com as outras vítimas.

Os amigos e a família de Jonathan Palma da Silva, 24, um das vítimas que sobreviveu ao acidente, batem na mesma tecla da família de Fernando Conceição: segundo eles, houve demora e descaso no atendimento. A namorada de Jonathan, Amanda Leite, afirma que o atendimento dele demorou por conta da ausência de médico. “O médico saiu para almoçar e deixou ele lá sem atendimento”.

A direção do pronto-socorro admite que a sala vermelha, local para onde  os pacientes de alta complexidade são destinados, estava lotada na ocasião, mas rechaça a acusação de negligência médica ou incompetência no atendimento.