Carlos Brandão Nascimento, de 21 anos, foi morto a tiros e a namorada dele, Núbia Silva, foi ferida com um disparo na boca  em frente à residência dele, na rua Vila Alegre, Cohab 8 de Março, região do Grande Cristo Rei, em Várzea Grande. O crime foi registrado no início da madrugada de hoje, 4 de janeiro.

Existem suspeitas de que esse seja  um crime -  supostamente -  atribuído a um grupo de extermínio que desde o mês de agosto do ano passado vem atuando em Várzea Grande, principalmente, na região do Grande Cristo Rei.  Carlos foi atingido com diversos disparos, sendo um deles na cabeça. Cápsulas de armamento de grosso calibre foram encontradas no local.
 
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Testemunhas relataram para a Polícia Militar, que os dois jovens foram surpreendidos pelos ocupantes de  um carro de cor cinza. Os suspeitos pararam em frente à residência e desceram. Para evitar a identificação, deixaram as luzes do veículo acesa e efetuaram diversos disparos. Carlos foi atingido no peito e cabeça. Na tentativa de escapar, a namorada dele correu para o interior da residência, mas também foi ferida.
 
Diante da situação, familiares do rapaz acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), mas quando a equipe chegou ao local constatou o óbito da vítima.
 
“Meu filho ainda tentou empurrar a namorada para evitar que ela fosse ferida e olha o que fizeram com ele...”,lamentou a mãe do jovem. C.A. ao Olhar Direto.
 
Ferida, a namorada do rapaz foi encaminhada para  o Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (PSMVG) onde permanece internada. Ele será intimada a prestar depoimento à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Em um espaço inferior a cinco horas, a cidade de Várzea Grande registrou um total de dois assassinatos e três mulheres foram baleadas. Em comum, nos dois casos, os executores ocupavam veículos da cor prata, e as vítimas não tiveram nenhuma chance de defesa. Até o momento nenhum suspeito da ação criminosa foi preso.
 
Força-tarefa
 
Em razão da suspeita quanto à atuação de que o grupo de extermínio, o delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Adriano Peralta, informou que uma força-tarefa foi constituída para esclarecimento de 62 inquéritos policiais com características semelhantes. “Já iniciando uma força tarefa com policiais de várias unidades que vão trabalhar especificamente em 62 inquéritos com características próprias, crimes de execução”, disse.
 
De acordo com Peralta, boa parte dos homicídios tem como motivação o tráfico de drogas, seja na disputa por espaço, dívida ou rixa. “Um dos motivos envolvendo isso é porque a nossa localização é muito ruim, muitas dessas mortes o que fomenta tudo isso é o tráfico de entorpecentes. E baixar esses índices é meta prioritária de qualquer governo, de qualquer Secretaria de Segurança Pública no mundo todo”, finalizou.