Crítico contumaz da forma com que o governo do Estado vem conduzindo a greve dos professores da Rede Estadual de ensino, há dois meses, o deputado estadual José Riva (PSD), propôs que uma tomada de posição mais dura por parte dos deputados no sentido de pressionar o governador Silval Barbosa (PMDB) a negociar com a categoria e por fim de vez por todas à greve. Riva se referiu ao chefe do Executivo como ‘birrento’ e disse que falta bom senso a Silval.

“Acho que nesse processo todo faltou bom senso do governo. O governador Silval Barbosa teria que parar sua agenda pelo menos um dia sentar coma categoria para resolver essa situação de uma vez por todas", observa ele. "É hora de acabar com essa birra. Não gosto de falar isso por que parece demagogia, mas não é a Justiça que vai acabar com a greve, é o diálogo se o governador sentar com categoria e conversar. Não ignorar como tem feito”, argumenta Riva.

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Somente a sabedoria do discurso de Riva foi capaz de calar e posteriormente arrancar aplausos dos professores que tomavam as galerias do Plenário Renê Barbour e sistematicamente ‘atrapalhavam’ a sessão e vez ou outra até vaiavam alguns parlamentares.

“Me desculpem os nobres pares, mas se eu estivesse aí na presidência, não faria uma sessão antes de resolver esse problema. Eu sugiro que suspenda as sessões ate sair uma decisão. Sugiro que o Colégio de Lideres se reúna hoje para tomar uma posição definitiva sobre o assunto e desde já peço desculpa aos professores pela nossa impotência. Fizemos de tudo que podíamos fazer para mostrar ao governo a importância de abrir a conversa”, completa Riva.

Segundo Riva, ficou evidente a má vontade do governo em negociar por que os parlamentares chegaram inclusive a oferecer a viabilização do dinheiro, por meio do que é devido pelas companhias telefônicas, alvo da CPI da Telefonia Móvel. Só de ICMS que as empresas arrecadam nas contas telefônicas e deixam de repassar aos cofres estaduais há um montante em torno de R$ 350 milhões de reais. A intenção era chamar as empresas para negociar e repassar o montante arrecadado para aeducação.