O Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (IPAS) pode ser descredenciado como Organização Social em Mato Grosso após ser apontado pela Auditoria-Geral do Estado (AGE) como responsável por um rombo de R$ 2,8 milhões na Farmácia de Alto Custo em decorrência da perda de medicamentos por má gestão.
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De acordo com relatoria da AGE, a falta de gestão do IPAS permitiu o vencimento e perdas de medicamentos por más condições de armazenamento. Devido a isso, o governo interveio na administração da Farmácia de Alto Custo com um prazo de 180 dias para tomar uma decisão final sobre o destino do Instituto Pernambucano a frente da unidade.
Em caso de descredenciamento a duas possibilidades: a primeira seria de tirar o status de organização social do IPAS em todo estado, mas isso afetaria também o Hospital Metropolitano, que também é administrado pelo instituto. A segunda opção seria descredenciar apenas da Farmácia de Alto Custo.
“Os contratos das OS são individuais. Então o governador pode decidir o que vai preferir fazer”, disse o auditor-geral do Estado, José Alves Pereira Filho, em entrevista à imprensa. Ele ainda ressaltou que o contrato com o IPAS ainda pode ser mantido se assim for decidido, podendo passar apenas por uma readequação.
Independente disso, o José Alves já informou que o Governo impetrará uma Ação Civil Pública para restituir aos cofres públicos os valores perdidos com medicamentos vencidos ou estragados. Além disso, o relatório será encaminhado ao Ministério Público Estadual, a Corregedoria Geral da União e ao Tribunal de Contas da União.