O secretário de Administração, César Zílio, desqualificou o movimento grevista dos auditores do Estado alegando que, dos atuais 52 servidores, 27 estão ainda passando por estágio probatório e, consequentemente, não poderiam estar aderindo à paralisação. Além disso, Zílio negou que o Estado esteja desvalorizando a categoria, afirmando que, desde 2004, reajustes têm sido concedidos aos profissionais.
Por meio da assessoria de imprensa, o titular da SAD declarou que os auditores obtiveram reajuste médio de 34,46% em 2004, outro reajuste médio de 26,6% em 2009 e uma majoração salarial linear de 7,23% em 2010.
Zílio ainda alegou que desde 2004 a categoria tem recebido a devida reposição salarial com base na inflação, mas se disse ainda aberto a negociações com os profissionais.
Os auditores deflagraram na manhã desta quarta-feira (29) a primeira paralisação da categoria no Estado em busca de reajuste salarial. Por tempo indeterminado, a greve serve para reivindicar reajuste salarial real de aproximadamente 20% e foi decidida em assembléia geral após mais de um ano de espera e negociação com o governo.
Com faixas exigindo a valorização da categoria, os auditores se concentraram, de braços cruzados, em frente à sede da Auditoria-Geral do Estado (AGE) no Centro Político Administrativo, em Cuiabá.
Com a greve, o governo fica prejudicado em uma série de ações que demandam a ação dos auditores. Ficam sem o devido controle interno, por exemplo, medidas referentes à Copa de 2014, como a licitação e os projetos das obras de mobilidade urbana (seis auditores atualmente trabalham com essas questões).
Também fica prejudicado o concurso para engenheiros da Secopa, que necessita de parecer da AGE, além das contas do governo encaminhadas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
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