A Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá enfrenta graves dificuldades financeiras e, para equacionar os gastos, aposta na construção de uma nova ala, com 100 leitos particulares. Para isso, a entidade estima que serão necessários R$ 20 milhões. O objetivo é atingir o equilíbrio entre os leitos mantidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os particulares, seguindo as recomendações do Governo Federal para hospitais filantrópicos.
“Atualmente, nós temos 200 leitos do SUS e 43 particulares, em uma proporção de 87% para 13%. O recomendando pela lei da filantropia é que sejam 60% do SUS e 40% particulares. Nossa ideia, com a construção da nova ala, é que os 243 leitos passem a atender o SUS, enquanto os novos leitos atenderão particulares e convênios, chegando ao equilíbrio”, explicou o provedor da Santa Casa, o médico Antônio Preza.
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“A situação financeira da Santa Casa sempre esteve mais ou menos, ou ruim, por ser um hospital filantrópico. A manutenção desse prédio é muito cara, e nós precisamos aumentar nossa receita”, completou. Atualmente, a Santa Casa arrecada cerca de R$ 3 milhões por mês, e funciona no mesmo prédio desde 1817. Com a ampliação do atendimento particular e conveniado planejada, a receita subiria.
Em reunião com deputados federais e senadores de Mato Grosso, na manhã desta segunda-feira (13), Antônio Preza apresentou a demanda da entidade e recebeu promessas de que os parlamentares lutarão para incluir a obra no Orçamento Geral da União (OGU), por meio de emendas, nos próximos dois anos. “Se a bancada mato-grossense estiver unida, facilita para alocar esses recursos no OGU. O trabalho da Santa Casa é tradicional e precisa ser mantido”, disse o senador Wellington Fagundes (PR).
“As Santas Casas em todo o país sobrevivem do dinheiro do SUS, mas a tabela do SUS é defasada, e portando elas precisam de complemento para se sustentar. E também geralmente são prédios muito antigos, como em Cuiabá, e há o custo de manutenção”, observou o deputado federal Ságuas Moraes (PT).
O coordenador da bancada de Mato Grosso em Brasília, deputado federal Ezequiel Fonseca (PP), destacou as dificuldades que o hospital enfrenta, e a importância dele para o atendimento do SUS em Mato Grosso. O deputado federal Victorio Galli (PSC) afirmou que já indicou emendas para ajudar a entidade.
