Saúde, educação, transparência nas contas públicas, fim da corrupção... Foram muitos os pedidos feitos pelos manifestantes no III Ato Contra Corrupção e Violência de Cuiabá, que aconteceu na noite desta sexta-feira (28), mas o do servidor público Alexandre Amaral foi especial. No meio da multidão, ele ajoelhou e pediu a namorada em casamento.

Contra corrupção, por saúde e educação, manifestantes percorrem Cuiabá centro do poder
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Sob os olhares dos manifestantes em volta e ao uníssono “oun”, onomatopeia que exprimia o romantismo do momento e calava por alguns segundos os gritos de ordem, Camila Brito aceitou. Não que não fosse aceitar em outra ocasião. “Eu só não esperava que fosse aqui”, disse logo após o pedido, ainda visivelmente emocionada.

“As alianças ficaram prontas hoje”, confidenciou o noivo. Nem ele havia planejado que o pedido fosse feito no ato. Acabou acontecendo e o fato arrancou um sorriso até dos policiais militares que faziam uma fila indiana na calçada, à margem da caminhada.

O pedido foi feito em plena Prainha, a caminho da Avenida Historiador Rubens de Mendonça. A marcha, tal qual as duas primeiras, teve como ponto de concentração e largada a Praça Alencastro, em frente a Prefeitura de Cuiabá.

Os manifestantes marcharam a caminho da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, no caminho ainda vaiaram a sede da Amaggi e cantaram gritos de ordem contra o senador Blairo Maggi (PR), ex-governador de Mato Grosso, que tinha Silval Barbosa (PMDB) como vice. Ao lado do deputado José Riva (PSD), Silval foi o político mais criticado do protesto. 

Ao chegar na AL, os participantes do ato viraram de costas para a casa de leis e cantaram o hino nacional. Depois marcharam para a estrutura abandonada do Hospital Central e cobraram a conclusão das obras. Em seguida, a caminhada foi para a Praça das Bandeiras.

De acordo com os cálculos do coronel Mendes, comandante do Décimo Batalhão da Polícia Militar, cerca de 3000 pessoas participaram da manifestação.