Considerado principal nome do PMDB para concorrer às eleições de 2014, o governador Silval Barbosa abriu seu coração para a reportagem do Olhar Direto e disse que deseja permanecer até o final do mandato, em 31 de dezembro. Contudo, alertou que não decide sozinho e que, no próximo dia 15 de março, estará em Brasília para se reunir com o vice-presidente Michel Temer e a Executiva do PMDB; depois, se reúne com a presidenta Dilma Rousseff (PT) para discutir o mesmo tema.

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“Tenho muitas obras para concluir. Vejam: obras da Copa do Pantanal, MT Integrado, Programa de Pontes... e não vou ficar apenas nessas. Se eu ficar, vou lançar outras”, explicou Barbosa. “Estou focado na gestão. No final do ano passado, o PMDB realizou 12 encontros regionais e eu não fui em nenhum. No momento certo vou participar da política”, ponderou ele, para a reportagem do Olhar Direto.

Silval só deve aceitar ser candidato ao Senado se tiver o aval de Temer e Dilma. Além disso, embora não assuma em público, intimamente ainda alimenta a esperança do ex-governador e senador Blairo Maggi (PMDB) aceitar a missão de ser candidato a governador, a pedido de Lula e Dilma.

Em sendo assim, apenas seria invertida a chapa de 2010, quando Barbosa se elegeu governador e Maggi para o Senado. Desta vez, Maggi sairia para governador e Silval para senador.

Maggi retorna de Cuba nesta sexta-feira com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A reportagem do Olhar Direto apurou com fontes próximas a Lula de que um dos temas de diálogos seria o pedido do ex-presidente para Maggi assumir a candidatura ao governo de Mato Grosso, novamente, passando a comandar o palanque pró reeleição de Dilma.

“Sei que tenho mais 30 dias para resolver. Afinal de contas, o último prazo é 4 de abril. Estou trabalhando com todos os partidos. Ouvindo alguns dirigentes”, ponderou o governador. Barbosa entende que os aliados pró Dilma reúnem condições de vencer o pleito. Atualmente, PMDB, PT, PR, PSD, PP, PC do B, Pros, PSC e PRB tem feito duas reuniões por semana para discutir o formato da aliança e preparar o plano de governo.

Silval admite que o objetivo do debate de propostas é dar uma cara de organização para o grupamento governista e reduzir a pressão sobre os pré-candidatos a governador: Ludio Cabral (PT), Maurício Tonhá (PR), vice-goverandor Chico Daltro (PSD), Julier Sebastião (PT) e José Aparecido Cidinho Santos (PR). Para o Senado, o único nome da aliança até o momento é o deputado federal Wellington Fagundes, presidente estadual do PR.