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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Silval desiste de mudar gestão da Saúde e mantém OSS em Mato Grosso, mas tenta quebrar linha de ataque da oposição

Foto: Ednilson Aguiar/Secom-MT

Silval desiste de mudar gestão da Saúde e mantém OSS em Mato Grosso, mas tenta quebrar linha de ataque da oposição
Como forma de evitar exploração eleitoral, o governador Silval Barbosa (PMDB) decidiu que continuará a promover ajustes pontuais, mas desistiu de alterar o formato da gestão da saúde de Mato Grosso, hoje executado pelas Organizações Sociais de Saúde (OSS) nos hospitais estaduais e alguns órgãos. “O nosso governo está enfrentando com determinação os problemas da saúde pública. E não vamos permitir que se faça palanque eleitoral”, pontuou ele, numa resposta indireta às críticas da oposição, especialmente PDT e PSB, de que o governo não teria controle no formato de gastos das OSS.


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Desta forma, o fim ou não dos contratos com as OSS ficará a cargo do seu sucessor. Barbosa vai centrar forças na Saúde para honrar os repasses aos municípios e articular uma Parceria Público Privada (PPP), sob responsabilidade do atual secretário Jorge Lafetá, da Saúde, para retomar as obras do Hospital Central de Cuiabá. Barbosa deseja ‘quebrar’ o discurso da oposição de que fez pouco pela saúde e de que só investiu em obras da Copa do Pantanal Fifa 2014.

Quando assumiu o governo de Mato Grosso, em 2010, Barbosa lançou o Plano de Ação da Saúde (PAS), com programas diversificados, como o Fila Zero, Plano Estadual de Urgência e Emergência, parceria com o hospital do Câncer de Barretos (SP), ampliação do SAMU 192 e o trabalho para implementação de 10 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Mato Grosso, entre outros. “Todas as medidas demonstraram a determinação do governo em resolver os problemas do setor”, recorda ele.

Porém, em 2011, quando o então deputado federal Pedro Henry (PP) assumiu a Secretaria de Estado de Saúde, na cota do Partido Progressista, o formato de OSS foi trazido para Mato Grosso. O modelo é considerado eficaz desde que o Estado mantenha o controle sobre a aplicação da verba e a qualidade do atendimento

“O nosso governo jamais foi omisso aos desafios da saúde e, desde o primeiro momento, assumiu o compromisso de atender às necessidades da população”, pondera o governador, ao recordar que deu sequência à modernização do sistema de saúde do Estado.

Silval citou como exemplo que no fornecimento de medicamentos de alto custo eram 4.000 usuários cadastrados em 2003, chegando a 25.000 em 2013. Em 2012, modernizou-se o Sistema de Logística, com maior gestão sobre a aquisição e dispensa de insumos farmacêuticos. “Tenho cobrado transparência absoluta e, principalmente, que os serviços públicos cheguem ao cidadão, ao usuário do sistema”, afiançou o governador, para a reportagem do Olhar Direto. Somente em fins de 2013 conseguiu retirar a Secretaria de Saúde do controle do PP e nomear o secretario Jorge Lafetá, homem de sua confiança.

O governador destacou que o PAS da Saúde viabilizou a integração do sistema regulador e de Urgência e Emergência do Estado, mas admitiu que faltou cumplicidade na execução com as OSS. Com a aprovação do Plano Estadual de Urgência e Emergência pela Comissão Intergestora Bipartite (CIB), em 2010, o projeto de Assistência Pré-Hospitalar (Samu) 192 passou a ser implantado em Mato Grosso, com instalação em microrregiões de saúde e municípios de abrangência, com Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), como Sorriso, e Hospitais Regionais, como Rondonópolis, Cáceres e Colíder.

Em resposta aos críticos, Sival Barbosa apontou que, no entorno dos municípios-sede de saúde estão sendo implantadas bases de suporte às ambulâncias Samu 192, moto-ambulâncias, lancha-ambulâncias, ambulâncias básicas e avançadas e até mesmo serviços de estabilização e UPAs, conforme suas classificações. A meta era atender todos os 141 municípios do Estado, mas o formato chega a quase 100.

O atendimento de média e alta complexidade da saúde de Mato Grosso, hoje, é um dos menos problemáticos do Brasil em qualidade e quantidade, segundo Barbosa, recorrendo a dados do Ministério da Saúde. Em 2003 era o 19º no mesmo ranking.

Silval Barbosa anunciou que o Estado está construindo, em parceria com o governo federal, o novo Hospital Universitário Júlio Müller, com 250 leitos na Rodovia Palmiro Paes de Barros (Parque Cuiabá), em Santo Antônio de Leverger. E lembra que colocou em funcionamento o hospital Metropolitano do Cristo Rei, em Várzea Grande, além de fortalecer os hospitais regionais de Rondonópolis, Cáceres, Sorriso e Colider e, ainda, recuperar o Hospital de Alta Floresta.

A construção do Hospital Universitário Júlio Müller já é uma das linhas de atuação do governo do peemedebista, inclusive o Estado doou uma área de 123 hectares para a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) edificar no novo espaço. Com esta iniciativa, Mato Grosso passará a contar com mais 250 leitos de internação, sendo desses 50 destinados para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) gratuitos oferecidos à população, a partir do final deste ano.

Silval Barbosa tem intensificado os contatos em Brasília para cobrar investimentos da União nos hospitais do Estado, em linha direta com o governo Dilma Rousseff (PT).
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