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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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'CAPITAL DO NORTÃO'

Sinop 39 anos: economia migrou dos mandiocais para prestação de serviços

A prestação de serviços, que alavancou o Produto Interno Bruto (PIB) do município, ganhou força a partir de meados da década de 90, quando empresários observaram que a cidade estava se tornando polo regional de desenvolvimento.

Foto: Assessoria-divulgação

Sinop partiu da agricultura de subsistência para polo regional de desenvolvimento

Sinop partiu da agricultura de subsistência para polo regional de desenvolvimento

Sinop, que neste sábado completa 39 anos de fundação e 34 de emancipação político administrativa, passou por três ciclos econômicos distintos. O primeiro foi a agricultura de subsistência, que fazia parte da política dos colonizadores Ênio Pipino e João Pedro Moreira de Carvalho, que incentivaram o plantio de café e de mandioca.


A Sociedade Imobiliária do Noroeste do Paraná (Sinop), colonizadora do Estado do Paraná que comprou a Gleba Celeste, onde a cidade de Sinop foi fundada, divulgou aos paranaenses, no começo da década de 70, que a terra no Norte de Mato Grosso era boa para cultivos diversos.

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Com isso, os pioneiros investiram, abriram áreas e plantaram mandioca, café e outras lavouras do Estado de origem. Uma usina chegou a ser instalada na década de 80 com o intuito de extrair álcool combustível da mandioca, tentando fortalecer a atividade. Contudo, cafezais e mandiocais não se expandiram e muita gente resolveu voltar para o Sul do país.

O empreendedorismo dos primeiros empresários fez surgir o segundo ciclo econômico de Sinop: o extrativismo florestal. Madeireiras se instalaram na década de 80 e viveram o “auge econômico” na década seguinte, gerando milhares de empregos no chão das fábricas, fazendo muita gente migrar para a “Capital do Nortão”.

No entanto, a escassez da madeira e as mudanças na legislação ambiental, que tornaram o processo de extração da matéria-prima mais rígido, fizeram o setor se readequar. Muitos empresários até deixaram de serrar toras para investir no agronegócio, atividade que hoje é um dos principais pilares da economia sinopense. A instalação de um centro de pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) no município dá musculatura à agricultura, tanto comercial, quanto familiar.

A prestação de serviços, que alavancou o Produto Interno Bruto (PIB) do município, ganhou força a partir de meados da década de 90, quando empresários observaram que a cidade estava se tornando polo regional de desenvolvimento. A localização, às margens da BR-163, aliada à concentração de investidores, fez com que toda a região se deslocasse a Sinop quando precisava de peças e serviços especializados. O empresariado local investiu em logística e se consolidou como referência no Nortão.

As instalações dos campus da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), aliados a investimentos privados na área educacional, também foram importantes fatores para destacar Sinop em Mato Grosso. Atualmente, os cerca de 11 mil universitários, vindos de toda região Norte do Estado, contribuem para o fomento da economia, principalmente no setor imobiliário e no comércio.

Clínicas médicas de quase todas as especialidades também fazem da “Capital do Nortão” uma referência para quase 60 cidades da região, quando o assunto é saúde.

O comércio local é fortalecido, com centenas de lojas dos mais variados segmentos. No ramo automobilístico, a cidade possui revendedores da Fiat, Chevrolet, Volkswagen, Ford, Citroën, Nissan, Toyota, Mitsubishi, Hyundai, Honda, Renaut, Towner, além de revendedoras de caminhões, máquinas agrícolas e maquinário pesado para terraplanagens.

O Produto Interno Bruto (PIB) mais recente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) – cujo ano base foi 2010 – informa que o PIB de Sinop é de R$ 1.749 bilhão, liderado pela prestação de serviços (R$ 1.311 bi), seguido pela indústria (R$ 317 milhões) e, agropecuária (R$ 121 mi). A renda per capita é de R$ 15,6 mil.

O Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM) calculado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado este ano, aponta Sinop com 0,754, considerado alto.
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