Somente a redução da tarifa para os patamares de dezembro –R$ 2,60 – e a CPI do Transporte Coletivo ficaram fora da pauta de votação da Câmara de Cuiabá, na sessão ordinária desta quinta-feira (27/06), acompanhada por aproximadamente 1,5 mil manifestantes, a maioria estudantes, nas galerias do plenário e Praça Moreira Cabral.
Líderes de bases populares cobram ampliação do passe livre, redução da tarifa e volta dos cobradores
Manifestantes voltam à Câmara e cobram dos vereadores criação de CPI do transporte público
“É importante tenhamos demonstrado sintonia com a voz das ruas. E creio que cumprimos nosso papel de Poder Legislativo, que é elaborar leis”, definiu o presidente da Câmara, vereador João Emanuel Lima (PSD), ao final da sessão, curiosamente encerrada antes das 11 horas, normalmente acaba por volta das 12h30.
A Câmara aprovou o projeto de leito que determina a volta dos cobradores de ônibus e o fim da dupla jornada dos motoristas, de autoria do vereador Dilemário Alencar (PTB), subscrito por mais 21 parlamentares. O plenário aprovou por unanimidade o projeto de lei que prevê o aumento no tempo de integração de1h30 para 2h30, de autoria dos vereadores Juca do Guaraná Filho (PTdoB), Wilson Kero Kero Nonato e Lilo Pinheiro.
Na mesma sessão, foi aprovado o projeto de lei dos vereadores Allan Kardec e Arilson da Silva, ambos do PT, que expande a utilização do passe livre estudantil para todos os horários, permitindo que os estudantes frequentem biblioteca, eventos culturais e aulas de educação física, entre outras atividades. “Com o projeto, aumenta –se o tempo de utilização do transporte coletivo, derrubando as restrições de horários”, justifica Kardec.
“Este é um momento histórico para Cuiabá e o nosso País. A Câmara demonstra sua identificação com os anseios populares”, assegura Emanuel Lima. O presidente também parabenizou os manifestantes pelo tom ordeiro da condução do movimento.
Na noite da véspera (26), diante das cerca de 1,2 mil pessoas presentes à Praça Moreira Cabral, a Mesa Diretora da Câmara chegou a discutir o fechamento da casa e a não realização da sessão ordinária desta quinta-feira (27). Todavia, resolveu manter a sessão prevista no Regimento Interino e, por sugestão de alguns vereadores, os manifestantes foram convidados a entrar.