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Suspeita de sequestro diz que venderia o bebê de um mês ou seus órgãos ao exterior

31 Mai 2013 - 16:48

Da Redação - Jardel P. Arruda/ Da reportagem Local - Max Águiar

Foto: Max Águiar/Olhar Direto

Suspeita de sequestro diz que venderia o bebê de um mês ou seus órgãos ao exterior
A suspeita de ter sequestrado um bebê de um mês de idade prestou diferentes depoimentos a Gerencia de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e ao delegado plantonista: em um deles ela afirmou que venderia a criança em outro estado, já no outro o bebê seria entregue a um homem para ser morto e ter os órgãos vendidos ao exterior.


Encontrado bebê de um mês raptado no Pedra 90
Criança recém nascida é raptada em bairro de Cuiabá

Juciane Santos Souza, 29, já possuía uma certidão de nascimento e documento de parto falsificados com o nome de “Alicya Maria de Souza”, e contou a GCCO que planejava viajar com a criança para a Bahia, seu estado natal, onde moram três dos seus quatro filhos, no dia 7 de junho. De lá ela venderia a criança sequestrada para o exterior.

Contudo, quando depôs ao delegado plantonista da Polícia Civil Ivar Polesso, ela contou outra versão da história. Nessa variante, a Juciane conta ter encontrado com um homem há 30 dias atrás, no próprio bairro Pedra 90, e ele lhe teria oferecido R$ 30 mil para encontrar e raptar um bebê de no máximo cinco meses.

Depois de entregue a esse homem, a criança seria morta e seus órgãos vendidos no “mercado negro”. O bebê seria levado ao suposto traficante de órgãos ao fim da tarde desta sexta-feira (31), em um encontro marcado às 18h. “O que mais choca é que essa criança seria morta hoje”, disse o delegado Polesso.

Além dos documentos falsos, na casa de Juciane também havia muitas roupas femininas de bebês, mamadeiras e outros apetrechos de crianças. No local também foi encontrada uma menina de oito anos que inicialmente tinha identidade desconhecida, sem documentos, e não apontava Juciane como mãe. Contudo, depois de algum tempo confirmaram que ela realmente era filha da suspeita de sequestro.

Para apurar a existência de um esquema de tráfico de criança ou órgãos através da Bahia, a Polícia Civil de Mato Grosso já entrou em contato com a daquele Estado para iniciarem uma investigação conjunta. Juciane foi encaminhada ao presídio feminino Ana Maria do Couto May.

O caso

De acordo com o relato da mãe da criança feito aos policiais, a suspeita fez a abordagem no momento em que chovia no bairro. A mulher estava com o filho de nome Nicolas, na Rua Treze, protegida sob um toldo quando a suspeita se aproximou.

Conforme consta do boletim de ocorrência, a mulher de cabelo vermelho teria sugerido à mãe que fosse comprar um guarda-chuva e ofereceu R$ 100 reais para que efetuasse a compra. A suspeita se ofereceu para segurar a criança enquanto a mãe enfrentava a chuva para comprar a sombrinha. Pressionando muito a mãe e afirmando que o bebê podia pegar uma pneumonia, a suspeita tomou-o dos braços da mãe e a empurrou para comprar o guarda-chuva. Quando retornou, a suspeita havia sumido com a criança.

De acordo com o esposo de R.T.I.S, Josias Soares, que trabalha como servente de pedreiro, a menor contou que vinha sendo seguida pela suspeita, identificada por ‘Ana’ desde que entrou no ônibus com destino ao Pedra 90. Eles teriam vindo de Várzea Grandes para visitar familiares naquele bairro.

Ao site Olhar Direto, Josias, o pai da criança sequestrada, contou que a suspeita ofereceu cerca de R$ 5 mil em dinheiro para ficar com a criança, na tarde desta quinta-feira. “Minha esposa rejeitou a proposta, pois jamais venderia nosso filho. A mulher estranha insistiu dizendo que precisava levar o menino para mostrar ao marido que está chegando amanhã (segunda-feira) de Nova Iorque”.

Josias relata que sua mulher, ainda quando estava no ponto de ônibus, ouviu a estranha conversando ao telefone, explicando que havia encontrado o que procurava. “Ela afirmava que se não fizesse isso, perderia o direito a uma pensão mensal de R$ 30 mil, pois garantiu que estava grávida de uma menina, mas que acabou sofrendo um aborto, fato que não foi relatado ao suposto pai. Ela já sabia que o bebê era um menino e não uma menina, como procurava. Então disse que aceitava assim mesmo e que vestiria a criança com roupas femininas para enganar o marido”, teria contado a mãe a Josias.


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