O governador José Pedro Taques (PDT) e o presidente nacional do PDT, ex-ministro Carlos Lupi, participam de reunião-almoço, nesta sexta-feira (16), provavelmente, no Palácio Paiaguás, para discutir o relacionamento interno da agremiação. Embora seja considerado pivô do encontro, o presidente da Executiva Regional do PDT, deputado Zeca Viana, não irá participar, e o diálogo será restrito a Taques e Lupi.
Leia Mais:
Recheado' de convites para mudar de partido, Taques recebe Carlos Lupi e avalia cenário
Os principais veículos de comunicação apontam Pedro Taques como o principal nome do PDT no país, ao lado do senador Cristovam Buarque. Sua perda seria um baque inestimável para a legenda de Leonel Brizola.
A reportagem do
Olhar Direto apurou que a reunião foi solicitada pelo próprio presidente Carlos Lupi, após reclamações de Diretório Regional, em Brasília, sobre possível “comportamento inadequado e suspeito” do governador perante as diretrizes partidárias. Viana colocou sob suspeição a quitação de débitos com empreiteiras no período de vigência do decreto 02/2015, que suspendeu todos os pagamentos do Estado por 90 dias.
Quando Taques passou a receber convites públicos de outros partidos, como PSDB, PSB, PV e PPS, Carlos Lupi decidiu agir e solicitou a reunião. Ele deseja a permanência do governador de Mato Grosso, no PDT. Todavia, não está claro se irá fazer algum tipo de cobrança sobre a tal “disciplina partidária” que sempre fez questão de alardear.
Carlos Lupi sempre teve relacionamento difícil com Taques, desde quando o mato-grossense ainda senador eleito. Na chamada ‘faxina ética’ do governo Dilma Rousseff, em 2011, Lupi pedi socorro a bancada do PDT no Congresso, mas Pedro Taques e Cristovam Buarque cobraram que deixasse o Ministério do Trabalho. Em dezembro de 2011, Lupi foi demitido por Dilma.
O Orçamento Geral da União (OGU) para 2015 demonstra que o PDT comanda quase R$ 80 bilhões, no Ministério do Trabalho. Desde o primeiro governo Lula, os brizolistas são responsáveis pelo comando do ministério.
