Mesmo diante da necessidade cada vez maior de fomentar a interlocução interna, o governador José Pedro Taques (PDT) revelou estar alarmado com o montante de gastos do Estado com tecnologia da informação, nos últimos dois anos: 485 milhões. “É um volume estrondoso, para secretarias que não se falavam... não conversavam...”, pontuou ele, após inaugurar a Procuradoria Fiscal no Anexo III da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), nesta sexta-feira.
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Ao contrário da gestão anterior, Taques garantiu que em seu governo existe diálogo entre os agentes políticos. “Estamos num momento difícil, mas os secretários conversam entre si e buscam soluções conjuntas. Nenhuma secretaria [de Estado] é uma
ilha”, definiu o governador, para a reportagem do
Olhar Direto, numa comparação com o comportamento da equipe do antecessor, ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
Pedro Taques alertou que justamente por conta da necessidade de passar a limpo os gastos públicos é que mantém as auditorias. “Vamos planejar o futuro de Mato Grosso, mas sem esquecer o passado. Não esquecemos o passado e fazemos auditorias, sim. Quem tem medo de auditoria vai tomar maracugina e água de melissa”, advertiu o chefe do Poder Executivo, sugerindo calmantes populares e facilmente encontrados sem prescrição nas drogarias de Cuiabá.
Pedro Taques entende que apenas “meia dúzia” supostamente têm medo de auditorias, mas considera importante que continuem ocorrendo. “Nesta administração não tem espaço para bandalheiras e não aceitamos chantagens”, emendou Taques.
O governador cofia em implementar projetos tecnológicos por preços muito inferiores aos praticados no governo anterior. Ele não quis fazer juízo de valor sobre os valores pagos na gestão Silval Barbosa.