Pelo menos do ponto de vista de montagem de aliança, o senador Pedro Taques (PDT) está bem à frente da concorrência, seja quem for. Durante quase quatro horas de reunião, na manhã desta segunda-feira (09/12), Taques bateu o martelo com PSDB e DEM para ingresso na aliança ‘Mato Grosso Muito Mais’, iniciada em 2010 com PDT, PSB, PPS e PV. “Agora, temos que ouvir os anseios de nossos cidadãos para inserir no plano de governo”, projetou Taques, à saída do encontro.
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O presidente do PDT, deputado estadual Zeca Viana, deu o veredicto sobre a reunião. “O que era um namorico [com DEM e PSDB], se transformou em noivado. E o casamento vem na convenção em junho [de 2014], para iniciar a campanha”, disse ele.
Zeca Viana disse que Pedro Taques coloca o seu nome à disposição para tirar o Governo de Mato Grosso das páginas policiais. “Você estão vendo, aí, todos os dias. Operações da Polícia Federal, do Gaeco”, observou ele, sem especificar onde estariam os desmandos do atual governo do Estado.
Na prática, o PSDB e o DEM cobraram de Taques e, por extensão, do Movimento Mato Grosso Muito Mais uma definição quanto à participação de cada um no processo eleitoral. “Ficou patente que vamos valorizar aquilo que nos une, muito mais do que aquilo que nos separa”, avaliou o presidente do PSDB, deputado federal Nilson Leitão, ao reconhecer que não há problemas em dividir palanque do presidenciável tucano Aecio Neves (MG) com o governador Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco.
Todavia, adverte que com Dilma não dá. “Já avisamos que é possível dividir palanque com o governador Eduardo [Campos] no primeiro turno. Porém, com a candidatura da presidente Dilma é impossível”, definiu Leitão.
O presidente do DEM, deputado federal Júlio Campos, não escondeu que a sua maior preocupação no momento é carimbar a vaga ao Senado. Isso porque os democratas tem como prioridade o lançamento do senador Jayme Campos à reeleição, independente da exigência do PTB em lançar a ex-senadora Serys Slhessarenko (ex-PT). “Não dá pra imaginar quem tem 25% nas pesquisas de intenção de voto, ser obrigado a abrir mão para quem está com 5%”, reagiu Júlio.
“As últimas pesquisas não deixam dúvidas quanto ao favoritismo de Pedro Taques, que apresenta todas as chances para sair vitorioso ao governo de Mato Grosso”, argumenta Aluizio Leite, da Executiva do PV.
Pela projeção do encontro desta segunda-feira, DEM e PSDB vão atuar para reforçar as candidaturas majoritárias de Jayme Campos à releicao para o Senado e Pedro Taques ao governo. E, também, devem se unir para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados, dando palanque ao presidenciável Aécio Neves.
