Um projeto inusitado foi apresentado na Câmara de Cuiabá durante a sessão ordinária desta quinta-feira (10). Trata-se do projeto de lei “Pinto Feliz” de autoria do vereador Mário Nadaf (PV). De acordo com o parlamentar, seus juristas não encontraram referência semelhante à proposta apresentada pelo parlamentar, que pretende reduzir o índice de ‘acidentes’ com idosos.
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“Depois de debruçar sobre o assunto, junto a minha equipe jurídica, proponho a obrigatoriedade de distribuição de remédio da disfunção erétil, criamos o projeto ‘Pinto Feliz’. Nós brincamos, mas isso é qualidade de vida e não podemos fazer restrições”, advertiu. A intenção é que o medicamento seja incluído na lista de medicamentos distribuídos pelas unidades de saúde de Cuiabá.
O anúncio arrancou gargalhadas dos vereadores presentes, mas foram silenciadas com a justificativa de Nadaf. Segundo ele, dezenas de idosos são vítimas de acidentes vasculares devido ao uso incorreto do medicamento. “Erroneamente eles [os idosos] se automedicam, e, muitos deles são diabéticos, hipertensos e acabam morrendo”, pondera. Ainda de acordo com o vereador, o projeto partiu de um pedido de seu eleitorado.
Em solidariedade ao projeto de lei, o vereador Chico 2000 (PR) utilizou seu tempo de comunicação das lideranças para parabenizar a proposta de Nadaf e sugerir que o custo dos medicamentos seja incluído na Lei Orçamentária Anual (LOA) de Cuiabá. Segundo ele, “a intenção é não frustrar quem precisa do medicamento”.
“O senhor não pode ocorrer o risco de frustra-los, então vai a minha dica para a vossa excelência faça uma emenda na LOA contemplando recursos para que esse projeto de lei q cria despesas. Assim, o senhor não irá frustrar os mais diversos pintos da cidade”, declarou.
O médico e também vereador, Maurélio Ribeiro (PSDB), emendou a fala de Chico e ressaltou que a farmácia de autocusto já fornece a medicação. “O que nós queremos agora é trazer esse medicamento para o município, porém todos podem ficar tranquilos, pois não veremos pintos entristecidos em Cuiabá”, ironizou.
Mário Nadaf reinteirou a importância do projeto declarando que se trata de um problema de saúde pública e também irá evitar o comércio proibido do medicamento.
