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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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ABERTURA DO DIÁLOGO

Vereadores não conseguem intermediar diálogo e tem início a greve no ensino público de Cuiabá

Foto: Walter Machado / Câmara de Cuiabá

Joao Custodio, presidente do Sintep sub-sede Cuiabá, cobra ganho real no salário dos professores da Capital.

Joao Custodio, presidente do Sintep sub-sede Cuiabá, cobra ganho real no salário dos professores da Capital.

De nada adiantaram os esforços de alguns vereadores em tentar intermediar o diálogo da Prefeitura de Cuiabá com a sub-sede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep): os professores da rede municipal de Educação entraram em greve nesta quarta-feira (21/08). E, como quase pedindo ‘socorro’ aos parlamentares, lotaram as galerias do Plenário das Deliberações do Palnácio Pascoal Moreira Cabral, durante a sessão matutina desta quinta-feira (22/08).


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Os diretores da Sub-sede de Cuiabá foi para pedir que os vereadores intercedam junto ao prefeito Mauro Mendes (PSB), que não estaria se preocupando em cumprir o acordado coletivo firmado com a categoria.

O presidente do Sintep, professor João Custódio, explicou na ‘tribuna livre’ da Câmara Municipal que, após cinco rodadas de negociações, o prefeito negou o pleito da categoria, que reivindica reajuste com ganho real de salário.

“A proposta de 10,9% de recomposição foi aprovada em assembleia geral com 99,9% de votos favoráveis, mas reduzida na contraproposta do prefeito a concessão do índice inflacionário de 6,97%”, argumenta o dirigente sindical.

Já numa segunda assembleia, realizada dia 16 deste mês, os trabalhadores da Educação decidiram pela paralisação das atividades em função da negativa do Executivo, oficialmente notificada pelo secretário Gilberto Figueiredo (Educação). “Hoje, 70% da rede está paralisada, o que significa mais de 30 mil alunos sem aulas. Isso ocorre pela truculência do prefeito Mauro Mendes, que se recusou a negociar com nossa categoria”, justifica João Custódio.

“Documentos da própria Secretaria Municipal de Educação apontam que é plenamente possível ao Poder Público atender à justa demanda dos profissionais d Educação, disponibilizando mensalmente um valor absoluto de R$ 650 mil reais”, afiança João Custódio. “Desembolso que vai corrigir desníveis salariais e ampliar o poder de compra dos nossos salários. Além do mais, vai empenhar apenas 74% dos recursos da Educação com a folha de pagamento”, completa o presidente do Sintep.

Custódio defende que as resoluções das demandas reprimidas devem ser sempre compromissos dos gestores, 'por serem direitos assegurados em legislações concernentes', destacou. "Portanto, não servem como pretextos para inviabilizar a legítima e soberana reivindicação dos profissionais da Educação da rede municipal de ensino de Cuiabá".



Também salientou que, para ser assegurado salto qualitativo na Educação, em função da moderna evolução técnica, é preciso contar com profissionais estimulados e valorizados, "através de salários dignos que exercem".

O professor Gilson Romeu, que é deficiente visual, afirmou que 'enxerga' os profissionais da Educação num único caminho, “o da luta para obtenção de seus direitos”.

Gilson Romeu agradeceu ao vereador Dilemário Alencar (PTB) por disponibilizar a ‘tribuna livre’ à categoria. Ele queixou-se ainda da forma que considera desrespeitosa com que os trabalhadores da Educação têm sido tratados na administração Mauro Mendes.

“Exercemos nossa profissão com dignidade. E estamos prontos para negociar, se assim o Executivo desejar”, pontua Gilson Romeu.
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