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Em delação, ex-secretário aponta que filho de Silval recebeu R$ 433 mil de 'propinas' na gestão Silval

25 Abr 2016 - 11:26

Da Redação - Laíse Lucatelli/Patrícia Neves

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Em delação, ex-secretário aponta que filho de Silval recebeu R$ 433 mil de 'propinas' na gestão Silval
O filho do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Rodrigo Barbosa (PMDB), foi preso em continuidade da  Operação Sodoma, da  Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), na manhã desta segunda-feira (25). Rodrigo Barbosa teve o mandado de prisão preventiva cumprido, nesta segunda-feira (25), em um escritório de comunicação, no Centro Empresarial Paiaguas, na Avenida Rubens de Mendonça (CPA), em Cuiabá. O local também foi alvo de busca e apreensão, assim como a casa dele.


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Silval já está preso há sete meses no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), no bairro Carumbé, quando foi deflagrada a primeira fase da Sodoma, que investigou fraudes e cobrança de propina na concessão de incentivos fiscais. Novas fases da Sodoma apontaram um suposto esquema organizado de cobrança de propina em diversos contratos do governo estadual.

A cobrança mensal de propina foi revelada pelo empresário Willians Paulo Mischur, dono da Consignum. Posteriormente, o ex-secretário de Administração (SAD) César Zilio, que chegou a ser preso na operação, afirmou em sua delação premiada que a cobrança era realizada de forma sistemática em diversos contratos do governo. Rodrigo já atuou como secretário geral do PMDB.

A operação Sodoma, que deu origem fases 2 e 3, iniciou com investigações relacionadas à concessão fraudulenta de incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso, o Prodeic.

16h55 - O delegado Lindomar Tófoli, da Defaz, informou na tarde de hoje, que Rodrigo Barbosa teria recebido em espécie cerca de R$ 433 mil do empresário Julio Minoru Tisuji, proprietário da empresa Webtech Software e Serviços LTDA EPP, em um esquema de lavagem de dinheiro e corrupção. A informação foi revelada a polícia durante o depoimento de delação do ex-secretário de Administração Pedro Elias, alvo da segunda fase da Operação Sodoma.
 
Elias relatou que entre os anos de 2013 a 2014, ele teria recebido do empresário Júlio três pagamentos de R$ 160 mil, R$ 170 mil e R$ 180 mil.  Do total de R$ 510 mil, ele recebeu 15%. O restante, foi pagos em dinheiro para Rodrigo, no apartamento dele, instalado no bairro de luxo, Jardim das Américas. Na prática, o filho de Silval teria recebido a quantia de R$ 433 mil.
 
A terceira fase da Operação desnudou um esquema onde empresários eram obrigados a pagar quantias mensais na gestão Silval para que pudessem manter seus contratos. 

16h05 - O advogado de Rodrigo, Valber Melo, criticou a efetivação de prisões pela Polícia Civil, segundo ele, tendo como base, apenas delações premiadas. “A defesa estranha que prisões sejam decretadas no Mato Grosso baseadas em depoimentos de delatores, em troca de benefícios que eles estão conseguindo. E pessoas estão sendo presas com base nas delações sem qualquer comprovação. Delações baseadas meramente em palavras”, afirmou Valber à imprensa, ao deixar a sede da Defaz.

Para os jornalistas, informou que seu cliente não prestou depoimento limitando-se apenas a acompanhar  o deslacre de material apreendido durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na data de hoje. Ele não comentou o teor da investigação, e afirmou não ter tido acesso ao processo ainda.

15h32 - Sem algemas, Rodrigo Barbosa deixa sede da Defaz. Na sequência, ele será encaminhado para exame de Corpo Delito junto ao Instituto Médico Legal (IML), rotina para aqueles que passam a integrar o sistema prisional. Ele passou cerca de três horas na unidade policial, mas, como a defesa havia adiantado, ele não deve prestar esclarecimentos na data de hoje. 



14h55 - Carla Cunha, irmã de Rodrigo, foi até á Delegacia Fazendária no início da tarde de hoje. Ela carregava uma sacola (com roupas para o irmão) e não teceu declarações para os jornalistas. 

14h24- Rodrigo será levado para o Centro de Custódia de Cuiabá, unidade prisional que abriga seu pai, Silval Barbosa, desde o dia 17 de setembro de 2015.

14h01 O ex-governador Silval Barbosa foi apontado como chefe do esquema criminoso montado para desviar recursos do erário público, com a finalidade de pagar despesas de campanha política de sua reeleição e angariar recursos decorrentes do pagamento de propina, de acordo com a Polícia Civil.  A execução de tarefas específicas foi determinada a pessoas de sua extrema confiança, com acesso direto ao palácio do Governo, entre elas Marcel Souza de Cursi, inicialmente como secretário adjunto de Receita Pública e posteriormente nomeado como secretário de Fazenda.

Entenda as fases: 

Primeira Fase - Na primeira fase da operação Sodoma oito membros da organização foram indiciados pela Polícia Judiciária Civil e sete deles denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE). Os envolvidos responderão por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Entre os indiciados e denunciados estão o ex-governador Silval da Cunha Barbosa e os ex-secretários Pedro Jamil Nadaf e Marcel Souza de Cursi, e seguem presos por ordem da Justiça.

Segunda Fase - A segunda fase da operação Sodoma, ocorrida em 11 de março de 2016, cumpriu 11 mandados de buscas e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e cinco  mandados de condução coercitiva. Membros da organização criminosa foram investigados quanto a utilização de recursos provenientes do pagamento de propina e lavagem de dinheiro.

Tiveram mandados de prisão cumpridos os ex-secretários  Pedro Jamil Nadaf (Indústria e Comércio), Marcel Sousa de Cursi (Fazenda), ambos presos na primeira fase; o ex-secretário César Roberto Zílio (Administração); o empresário Willian Paulo Mischur (Consignum – empresa de empréstimo consignado para servidores públicos); e Karla Cecília de Oliveira Cintra, assessora direta de Pedro Nadaf, que na primeira fase da operação Sodoma teve medida cautelar para uso de tornozeleira eletrônica decretada e e depois expedida ordem de prisão.

Terceira Fase - A terceira fase da operação Sodoma foi deflagrada no dia 22 de março e teve como alvo novamente  o ex-governador do Estado de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa, e também o ex-secretário de administração, Pedro Elias Domingos de Mello e o ex-chefe de gabinete do governador Silval Barbosa, Silvio Cezar Correa de Araújo. Um mandado de busca e apreensão domiciliar foi cumprido em desfavor de Pedro Elias.  A terceira fase da operação Sodoma foi consequência da Sodoma 2 que apura a suspeita de pagamentos de propina em contratos celebrados com o governo do Estado na gestão de 2010 a 2014.

13h58 - O delegado Lindomar Tofoli, titular da investigação,  informou que Rodrigo é investigado por envolvimento em crime de corrupção e ligação com a organização criminosa chefiada por seu pai, Silval Barbosa. Ele também teria recebido propina no governo Silval Barbosa. O mandado de prisão e as duas buscas e apreensão foram expedidas pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

13h45 - O delegado Lindomar Tófoli, titular da Defaz, informou ao Olhar Direto que trata-se de continuidade da investigações anteriores. Até  o momento foram desencadeadas três fases da Sodoma. Na primeira, Silval foi preso acusado de integrar esquema de fraudes na concessão de incentivos, no valor de R$ 2,6 milhões. Na segunda,  a ocultação de dinheiro proveniente de esquema de lavagem por meio da aquisição de um terreno de R$ 13 milhões. Já a terceira fase, apurou-se um esquema de pagamento de propinas estimado em mais de R$ 24 milhões. 

13h11 - O advogado de Rodrigo e Silval, Valber Mello, ainda das denúncias e que irá se informar sobre as investigações 

13h10 - Rodrigo chegou a sede da Defaz e preferiu não tecer declarações. 

12h10 -  Nesta manhã ainda estão sendo cumpridas ordens judiciais de busca e apreensão na casa  mandados de buscas no escritório de Rodrigo, no Centro Empresarial Paiaguás, que ainda não foi encaminhado para sede da Defaz. 


 
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