O cirurgião plástico Michel Patrick registrou boletim de ocorrência após ser incluindo em uma lista de boicote “cujos donos são petistas”. Em nota de repúdio, o médico diz ser apartidário e afirma que se quer votou neste ano por estar com o título de eleitor cancelado.
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No conteúdo publicado nas redes sociais, o cirurgião de Cuiabá afirma que seu nome figura junto de outras empresas de renome nacional. “Achei até engraçado, se não fosse trágico”, conta. “Situações desse tipo abalam as pessoas, fazendo com que se sintam ameaçadas”.
“Uma amiga me mandou um áudio contando que o texto enviado para ela dizia o seguinte: ‘Essas empresas devem ser perseguidas e eliminadas’. Isso é desumano, é baixo, é vil. Também recebi várias mensagens de amigos se solidarizando e dizendo que não concordavam com a lista enviada, mesmo sendo contrário ao PT”.
Na nota, Michel Patrick continua: “Deixando claro, eu não sou petista, isso se torna impossível, não falo sobre política nos meus canais de comunicação. Primeiro, não falo algo sobre o que não tenho um certo conhecimento de causa e de estudos. Minha profissão é outra, sou médico cirurgião e dedico quase 100% do meu tempo profissional com essa atividade. E por que digo que não teria como eu ser partidário, ativista político? Eu respondo! Não votei nessas eleições, meu título está cancelado, pois perdi o período de cadastramento da biometria”.
“Agora quem fez a lista e não se identificou não merece meu respeito porque agiu de forma ardilosa, desprezível e suja, porque quer que aquelas empresas sofram com penalidades porque ousam pensar diferente deles. Se esta ou aquela empresa vota e defende um partido A ou B, não me faz deixar de procurá-lo, porque na hora de alguém operar meu cérebro isso é o que menos importa. Eu preciso que ela seja técnica e tenha a melhor formação naquela área. Isso é ser profissional. E quanto a isso, não se preocupem, eu sei o que eu faço, pois meu tempo é bem gasto em uma formação sólida e humana”, acrescenta.
Por fim, o médico afirma ter registrado boletim de ocorrência para localizar e penalizar o responsável pela propagação de informação falsa.
Desde que o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado nas urnas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bolsonaristas passaram a agir contra comerciantes e empresários do Brasi. Em Mato Grosso não foi diferente. Empresas de todos municípios, inclusive Cuiabá, entraram na mira dos bolsonaristas e chegaram a ser ameaçados.
Veja nota na íntegra:
