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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

Notícias | Cidades

Rixa com agentes

Delegados da Polícia Federal pedem apoio do Exército e não uso de armas durante paralisação

Foto: Agência Estado

Delegados da Polícia Federal pedem apoio do Exército e não uso de armas durante paralisação
O presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Federal do Estado de São Paulo, Amaury Portugal, encaminhou um ofício ao diretor geral do Departamento da PF em Brasília, solicitando apoio para que medidas sejam tomadas com “todo rigor e urgência no sentido de serem autuados disciplinar e penalmente os policiais que estivem participado desses atos e portando armas”.


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O sindicalista requer ainda urgência e se caso necessário acione o ministro da Justiça comunicando os fatos e a necessidade de requisição “das forças armadas para dar apoio à administração”.

Rixa antiga

A reportagem apurou que o clima é tenso, de um lado estão os delegados. De outro, os agentes, escrivães e papiloscopistas. Divergências salariais e falta de concordância sobre a hierarquia na Polícia Federal criaram uma rixa que tem prejudicado a atuação da instituição no País.

A última greve na PF foi registrada em 2012 e durou 69 dias. À época, a categoria rejeitou um aumento de 15,8% proposto pelo governo. A mesma proposta foi aceita pelos delegados e peritos, que passaram a receber o salário reajustado.

Essa teria sido a fagulha que iniciou a rixa. Desde então, a divisão entre os dois grupos se fortaleceu. Conforme apurado, em épocas de greve, parte dos policiais interrompem os trabalhos e a outra continua atuando, uma forma de enfraquecer o movimento, segundo os agentes.

Greve branca

O presidente da Associação Nacional dos Delegados Federais (ADPF), Marcos Leôncio Ribeiro, já afirmou que os delegados estão cumprindo suas tarefas e os agentes fazem o tipo de uma greve branca.

Segundo ele, em dias de paralisação, aqueles que mantêm suas atividades acabam trabalhando em dobro. Ribeiro garante que os casos de agentes que se recusam a realizar tarefas são pontuais, desligam seus celulares pessoais com o argumento de que não querem arcar com custos que deveriam ser da Polícia Federal. Em outros casos, policiais se recusam a embarcar em missões.

Protesto nacional

Conforme já informado, agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal fazem um protesto nesta terça-feira (11). O ato é nacional por melhores salários e condições de trabalho e não conta com a participação dos delegados.
Sobre as reivindicações, no ofício N. 004/2014 o Sindicato dos delegados afirma que são inviáveis “por ferirem leis, ordenamentos disciplinares e a Constituição Federal”.

O salário inicial de um agente em início de carreira é de R$ 7,5 mil, podendo chegar até R$ 11 mil reais. A categoria solicita a equiparação da categoria salarial dos funcionários das Agências Brasileira de Informações (ABIm) ou da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O valor inicial da carreira é de cerca de R$ 12 mil.

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