O empresário e produtor rural Eraí Maggi (PP) afirmou que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) tem sido positivo para o agronegócio. O problema, na avaliação dele, é que falta melhorar o desempenho dos outros setores da economia, já que o resto da população tem sido bastante atingida pela crise econômica que assola o Brasil.

Leia mais:
Blairo Maggi diz que Dilma não tem mais credibilidade e vê exageros na condução coercitiva de Lula
 
“O Governo Dilma para o agronegócio tem sido muito bom. Nos últimos anos tem sido muito bom para esse setor. Não podemos negar. Mas não adianta ser bom só o agronegócio; todas as outras cadeias têm que andar também. Não perdura se não estiver bom do outro lado, que vai na prateleira e compra a mercadoria, que faz a infraestrutura. Vai andar torto e não vai dar certo, vai descarrilar. Não é sucesso só o agronegócio estar bem. É ruim porque não tem comprador na prateleira, então não adianta produzir”, afirmou.

Eraí, que faz parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência, o “Conselhão” formado por 92 representantes de diversos setores econômicos, preferiu não opinar se a presidente conseguirá terminar seu mandato. “Enquanto eu estiver lá, tenho que trabalhar pelas demandas de infraestrutura. Quem sou eu para dizer se ela cai ou não cai? É o povo, é o Judiciário, é o Congresso, que têm que dizer. São muitas forças pensantes. Então vou deixar desenrolar. Tomara que tenha uma solução para o país o mais rápido possível”, disse.

O produtor, que é primo do senador Blairo Maggi (PR), defendeu a postura do parente, que desde 2015 vem pedindo o impeachment de Dilma, depois de tê-la ajudado a se eleger. “Faz tempo, faz mais de ano, que o Blairo vem cobrando que não está legal. Ele vem dizendo que nesse caminho não dá, que tem que ter mudanças econômicas. O Blairo tem compromisso com Mato Grosso, com as pessoas e com os negócios, para fazer Mato Grosso andar. Ele está pensando no todo, não está pensando só politicamente. Ele pontuou onde é que estão os defeitos”, disse.