O governo de Mato Grosso necessita de R$ 84 milhões mensais em incremento de receita ou cerca de R$ 600 milhões até dezembro para conceder a reposição do Regime Geral Anual (RGA), para os servidores públicos de Mato Grosso. “Uma coisa é certa: eu cumpro a lei. E é por cumprir a lei que sigo a Lei de Responsabilidade Fiscal [LRF] que fala que não posso [conceder reajuste]. Se anunciasse [o aumento agora], seria enganação. Não queremos enganar quem quer que seja. Porque isso [concessão do RGA] ainda não está decidido”, afirmou o governador José Pedro Taques (PSDB), após participar der evento no pátio externo do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) nesta semana.
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Pedro Taques cobrou reflexão com parcimônia dos servidores estaduais sobre o momento vivido por Mato Grosso e, principalmente, pela economia do Brasil. “Eu não estou dizendo que não vou pagar o RGA. Mas nos não somos pessoas inocentes. Sabemos que 25 estados não pagarão o RGA. Não existe dinheiro. E 15 estados parcelaram salário. Goiás não pagou salário de março. Rio de janeiro parcelou em 14 vezes.
O chefe do Poder Executivo observou que necessita de R$ 600 milhões por mês para honrar a folha de pagamento até o último dia do mês trabalhado. E é um desafio que está tirando o sono de Taques.
“Para pagar o salário do mês passado tivemos que fazer alguns sacrifícios. A última equipe a receber era do Gabinete [do Governador], a penúltima Seplan e antepenúltima Sefaz. Salário é sagrado. Sou filho de servidora e sei que todos têm o carnezinho para quitar, no final do mês”, afirmou ele.
“Estamos fazendo conta de padeiro, priorizando os servidores e mantendo diálogo [com o Fórum Sindical]. Ninguém é mais bobo que eu nem mais inteligente que eu. Ninguém é mais honesto que eu, nem menos. Temos a mesma honestidade. Somos iguais!”, detonou Pedro Taques, para a reportagem do
Olhar Direto, ao destacar que o país vive uma crise.
“Para conceder o RGA, necessitamos de 84 milhões a mais, o que dá mais ou menos R$ 600 milhões a mais até dezembro. E as leis de carreira representam R$ 111 milhões de reais até dezembro. E estou fazendo conta”, ponderou Taques, para justificar o fato de ainda não ter decidido.
“Estamos discutindo por categoria. Nós todos sabemos o que foi feito na administração passada. Aumento para algumas categorias sem impacto estudo orçamentário e financeiro”, disse ele.
