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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Idoso usou seringa para injetar veneno de rato em achocolatado que matou criança

Foto: Olhar Direto

Idoso usou seringa para injetar veneno de rato em achocolatado que matou criança
Apontado como autor do envenenamento que vitimou o menino Rhayron Christian da Silva Santos, de 2 anos, Adônis José Negri, 61, usou uma agulha para injetar a substância Carbofurano nas caixas de achocolatado consumidas pela criança. Além dela, que morreu duas horas após ingerir o alimento da marca Itambé, um amigo da família identificado como Alan José, de 31 anos, também consumiu a bebida e está internado desde o dia 25, data da ocorrência. O acusado aproveitou as dobraduras da caixa para que o furo não fosse percebido. 

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O laudo toxicológico da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi divulgado na tarde desta quinta-feira (1), e apontou que o veneno tem o  mesmo princípio ativo encontrado em pesticidas utilizados para controle de pragas em lavouras, e comumente aplicado como veneno de rato. De acordo com o perito responsável pelas análises, Diego Viana Andrade, para injetar a substância nas cinco caixas de bebida o idoso teria usado uma seringa, ou instrumento do tipo. 

Ele explica que, além das caixas de achocolatado, também analisou o material biológico da criança. Para isso, a técnica utilizada pelos peritos da Diretoria Metropolitana de Laboratório Forense, foi a Cromatografia Gasosa e Espectrometria de Massas. Ainda de acordo com o perito, o conteúdo gástrico coletado no estômago da vítima era visivelmente semelhante com o achocolatado enviado para análise.

“Primeiramente a substância foi encontrada no material biológico coletado no aparelho digestivo da criança e, em seguida, a mesma substância estava presente nas cinco embalagens encaminhadas à perícia. Os furos encontrados nas embalagens de achocolatados foram fundamentais para esclarecer que era um caso de contaminação criminal do produto alimentício e o laudo pericial foi definitivo para o desfecho da investigação’’, disse o perito.

Após pesquisa minuciosa, os peritos conseguiram descartar a hipótese de contaminação biológica por bactéria ou fungo, decorrente do processo de fabricação, e identificar a contaminação externa através de um furo compatível com agulha de seringa na parte lateral superior de cada embalagem.

Ele também afirma que o veneno pode agir de formas diferentes dependendo da idade e peso de quem o ingere e que, por este motivo, Rhayron foi afetado mais rapidamente. “Unindo o histórico da morte da criança que veio a óbito muito rápido, e os sintomas apresentados, juntamente com o laudo da necropsia, tracei uma linha de pesquisa sobre a classe de venenos que poderiam trazer esses efeitos, antes de detectá-los no exame”, explicou Diego.

De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), a bebida foi envenenada no intuito de assassinar Deuel Soares, de 27, que frenquentemente roubava alimentos da casa de Adônis. O produto roubado por ele, no entanto, foi vendido por R$ 10 reais ao pai de Rhayron, que em seguida ofereceu produto ao garoto, sem saber o que se passava.

“Revoltado com os constantes arrombamentos à sua residência, Adônis arquitetou a vingança fazendo uso de uma seringa para injetar o veneno nas bebidas, para deixar como uma espécie de isca para Deuel. Ocorre que Deuel não fez uso do produto, mas vendeu o produto ao pai do menino envenenado, pelo valor de R$ 10”, desse o delegado responsável pelo caso, Eduardo Botelho.  

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Agora, segundo ele, Adônis responderá por homicídio qualificado, pelo caso da criança e tentativa de homicídio qualificado, pelo caso de Alan José. Deuel, por sua vez, responderá por furto qualificado. Ambos foram conduzidos nesta tarde ao Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), onde ficarão à disposição do Judiciário.

Em coletiva de imprensa realizada na Secretaria de Segurança Pública, o secretário Rogers Jarbas reforçou que não houve qualquer problema com a constituição química do produto da marca Itambé e pediu que as pessoas tenham cuidado com a procedência dos produtos que consomem, para evitar este tipo de tragédia.

“Não há qualquer elemento tóxico relacionado a essa bebida. Foi uma ação criminosa que tirou a vida dessa criança. Não há problemas na constituição química do alimento. Queria pedir para as pessoas não comprarem alimentos dos quais elas não saibam a procedência. Isso pode representar um perigo para suas famílias.”  
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