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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

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Morto após treinamento

Mãe de aluno soldado bombeiros lamenta interrupção de sonho e cobra punição a responsáveis

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Mãe de aluno soldado bombeiros lamenta interrupção de sonho e cobra punição a responsáveis
“O sonho dele era ser um profissional como o pai. Os dois se formariam agora no dia primeiro, juntos. Meu esposo é aluno oficial e ele soldado, já estava com tudo pronto, arrumado o fardamento, tudo prontinho, mas foi interrompido infelizmente.” Foi assim que Jane Patrícia Lima Claro, mãe do aluno soldado do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Claro, definiu as expectativas do filho sobre a profissão que escolheu seguir. O jovem morreu na madrugada desta quarta-feira (16), após um treinamento na Lagoa Trevisan, nas proximidades de Cuiabá.


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Ao Olhar Direto ela contou que a família, que ainda não foi procurada pela Polícia, aguarda uma resposta pra saber o que de fato aconteceu e que até o momento não tem informações sobre o caso. De acordo com Jane, durante a madrugada dois Coronéis do Corpo de Bombeiros estiveram com ela e garantiram que vão levar a investigação às últimas conseqüências.

 “Do fundo do meu coração é exatamente isso que eu espero, porque o Corpo de Bombeiros é uma instituição de tanta credibilidade que não deve ser manchada por poucas pessoas. Tem que de fato procurar o que realmente aconteceu e que os culpados sejam punidos no rigor da lei, como deve ser.”

A mãe do jovem explica que ele não apresentava nenhum indício de problemas de saúde antes do treinamento, e que estava “normal”, quando saiu de casa. Ele me mandou mensagem falando que tava indo e hora que chegou no treinamento mandou foto do local. Logo em seguida eles entraram em forma e eu não falei mais com ele. Fui falar só após ele sair da lagoa, porque ele me mandou mensagem falando que estava muito mal, indo pra coordenação que não tinha conseguido terminar. Eu liguei pra ele, tentei saber como ele estava mas não consegui falar mais.”

Rodrigo foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no domingo (13) e faleceu por volta de 1h40 de hoje. Ele teria sido dispensado no final do treinamento, após reclamar de dores na cabeça e exaustão após passar por uma sessão de afogamentos. O Corpo de Bombeiros informou que já no Batalhão ele teria e queixado das dores e foi levado para a policlínica em frente à instituição.

Ali ele teve duas convulsões e foi encaminhado em estado crítico ao Jardim Cuiabá, onde permaneceu internado em coma. O caso estava sendo tratado como aneurisma, hipótese descartada, segundo o advogado, em uma avaliação preliminar do médico plantonista do Instituto Médico Legal (IML) que esperou mais de dez horas para a liberação do corpo.

Por meio de uma nota oficial, a Diretoria Metropolitana de Medicina Legal da Politec se posicionou a respeito do caso de Rodrigo. De acordo com a instituição, o corpo deu entrada no IML às 03:04h desta quarta-feira (16.11) para a realização do exame de necropsia.

"A Politec esclarece que não houve falta de luvas cirúrgicas para a realização dos procedimentos, e que em Mato Grosso, assim como em outras unidades da Federação, as necropsias são realizadas em período diurno. Não obstante, existe respaldo legal para a realização da mesma no mínimo 6h após o óbito (art 162 do Código de Processo Penal). Os exames preliminares não foram suficientes para se determinar a causa mortis, portanto, perícias complementares serão realizadas e poderão indicar os resultados no prazo de 15 dias.  Solidarizamo-nos com a dor da sociedade, e continuaremos comprometidos com o nosso trabalho. Realizando-o de maneira eficaz, responsável e célere." 

 
 
 
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