“Não perdoei e não vou perdoar. Ele é um monstro.” É assim que Ana Paula do Santos, de 19 anos, descreve o ex-namorado Lenílson Barbosa de Souza, 25 anos, que assassinou a filha de dois anos que tinha com a jovem. A vítima foi espancada por ter evacuado no colchão do acusado e passou o dia todo com uma lesão no crânio, vindo a falecer na noite de 07 de setembro. O corpo foi ocultado com a ajuda da madrasta, Kátia Cristina de Almeida Lopes, 37 anos, que confessou o crime.
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Ana Paula conta que Lenílson nunca apresentou comportamento violento contra ela ou a criança, e que por isso havia a deixado aos cuidados do pai há três meses, quando o mesmo disse que queria passar mais tempo com a menor. “Eu deixei porque ele é pai, tem direito. Foi a primeira vez que ela ficou tanto tempo assim com ele, antes era só no final de semana. Eu sentia que ela gostava muito dele, porque quando ele chegava, ela corria pra abraçá-lo, pra brincar.”
Desempregada e mãe de um neném de 10 meses, ela explica ainda que ficou preocupada com a filha e que no início do mês chegou a questionar sua ausência. Neste período o homem se mudou com a atual companheira de Àgua Boa (730 km de Cuiabá) para uma fazenda e depois para a cidade de Primavera do Leste (240 km de Cuiabá). “A gente começou a achar muito estranho isso. Eu ligava pra ele, era uma história, ligava pra mulher dele, ela contava outra diferente.”
Diante da desconfiança, o pai chegou a mentir que a menina estava no cinema com a madrasta e, posteriormente, em uma viagem à Goiânia- GO, alegou ter sido assaltado, tendo perdido a filha em uma feira, durante a ação dos ladrões. Na delegacia, depois que o caso ganhou repercussão, Ana Paula pôde trocar apenas algumas palavras com o assassino: “Se minha filha está perdida em Goiânia, o que você está fazendo aqui?”, questionou a mulher.
Ainda em estado de choque, a mulher explica que superar a ausência da menina tem sido o mais difícil nesse momento. “É muito difícil porque tudo faz lembrar dela. Ela era uma criança muito alegre, brincalhona, gostava de brincar comigo”, finaliza.
O caso
As investigações mostram que Lenílson espancou e causou a morte da própria filha de dois anos após ela ter evacuado no colchão. A informação foi confirmada pela madrasta da vítima, Kátia Cristina de Almeida Lopes, 37 anos, que confessou ter auxiliado na ocultação do cadáver. O corpo da menina ficou dois dias na casa, antes de ser jogado em uma área verde. O crânio da vítima estava com provável fratura. As agressões aconteceram na manhã do dia 07 de setembro e o óbito foi na parte da noite.
No feriado, na parte da manhã, a madrasta relatou que foi até o supermercado e quando voltou viu que o homem havia batido na menina de dois anos por ela ter evacuado no colchão.Além disto, ela relata que Lenílson deu um remédio para a menina, que apresentava uma grande sonolência. Durante todo o dia, a vítima ficou na residência e só na parte da noite os dois suspeitos perceberam que a criança tinha morrido.
Os acusados então resolveram colocar o corpo em um saco plástico e deixar dentro de uma caixa, na própria residência.O corpo da criança ficou durante dois dias na casa. Quando começou a cheirar mal, os suspeitos decidiram jogá-lo em uma área verde da cidade de Primavera do Leste.
O corpo foi encontrado no último domingo (18), em Primavera do Leste (234 km de Cuiabá). Na noite de segunda-feira, 19, o juiz juiz Alexandre Delicato Pampado, da comarca de Primavera do Leste, decretou a prisão preventiva do casal. Ele ainda destacou o chocante crime para justificar a necessidade de decreto da preventiva.
.jpg "Mãe de criança de 2 anos morta pelo pai o chama de 'monstro' e diz que não irá perdoá-lo")
