Os ares de Brasília conquistaram definitivamente o ministro da Agricultura, senador licenciado Blairo Maggi (PP), de tal forma, que nem quer ouvir falar em disputa pelo governo de Mato Grosso, em 2018. E a ojeriza é tamanha que adverte: nem de graça ou mesmo se fosse nomeado, aceitaria ser governador outra vez.
“Eu não serei candidato ao governo de Mato Grosso, em 2018. Se me derem de graça, eu não quero. Se me nomearem, eu não quero!”, disparou Maggi, fazendo um contraponto à tese dos presidentes nacional do PP, senador Ciro Nogueira, e da Executiva Regional, deputado federal Ezequiel Fonseca, que o aponta com o candidatura natural.
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Maggi está decidido a ser candidato à reeleição para o Senado, em 2018. “Não vão me ver mais governador do Estado. Passei oito anos aí [no Palácio Paiaguás]. Isso aqui é para gente nova. Para quem tem vontade”, afiançou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
"A gente tem um monte de projetos, mas quando chega ali [no governo], está quadradinho, tudo encaixadinho. E a margem de manobra de orçamento é muito pequena, porque está tudo comprometido com educação, saúde, segurança. E você passa a ser um gerente de RH [recursos humanos] para o Estado", justificou o ministro da Agricultura.
Em 2014, ele dispensou a disputa da chefia do Poder Executivo, então pelo Partido da República, quando liderava as pesquisas de opinião pública sobre tendência do eleitorado. “Aqui [governo] é máquina de moer gente! Eu sei do grau da dificuldade. Passei praticamente oito anos aí. Tem que ser nego que tá com vontade, disposição. Alguém diz: não vai amanhecer. E o cara diz: vai amanhecer! Tamanha é a vontade de trabalhar”, afirmou Maggi.
Numa confissão pública, Blairo Maggi citou que, nos últimos meses de mandato, em 2010, sentia enfado quando lembrava da obrigação de ir trabalhar. “No último ano eu acordava de manhã e falava: Meu Deus do céu, ter que voltar para aquilo lá”, revelou ele.
As limitações financeiras e orçamentárias também desanimam o senador licenciado e atual ministro da Agricultura. “As demandas são grandes, os recursos são pequenos, as pressões são grandes e há um desgaste pessoal enorme nesse cargo. Então, voltar depois de dois mandatos, tenho certeza de que vai ser um desastre, porque você não tem mais a disposição. Você conhece todos os problemas, todos os seus limites, não se dá nem mais ao direito de sonhar! Não quero!”, justificou Maggi, em café da manhã com jornalistas, no Edifício Concorde, em Cuiabá.
Blairo Maggi trata como prioridade fazer um bom trabalho no Ministério da Agricultura e concorrer novamente ao Senado, nas eleições de 2018.
