Olhar Direto

Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Política MT

polêmica

Sob protestos, deputados aprovam proposta de 7,54% do RGA para servidores; lista de votos

29 Jun 2016 - 19:56

Da Reportagem Local - Jardel Arruda / Da Redação - Laíse Lucatelli e Lucas Bólico

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Sob protestos, deputados aprovam proposta de 7,54% do RGA para servidores; lista de votos
A Assembleia Legislativa acaba de aprovar a proposta de Revisão Geral Anual dos servidores públicos do Executivo em 7,54%. O placar ficou 13 a 9 (confira baixo como cada deputado votou) a favor da proposta rejeitada pelos grevistas, que fazem questão da reposição integral das perdas inflacionárias.  

 
Leia também:
 Governo acata proposta de deputados e envia projeto para pagar 7,54% de RGA
 
A aprovação do projeto aconteceu em uma sessão foi conturbada desde o começo. Na abertura dos trabalhos, os servidores públicos entoaram o hino nacional e depois revezaram gritos de guerra e chamaram pelo nome os deputados que tem se posicionado em favor dos grevistas e votaram contra a proposta do governo na última votação. O auge do acirramento dos ânimos foi quando o deputado Nininho (PSD) tentava falar na tribuna e era interrompido pelos servidores. Visivelmente irritado, ele exigiu que o presidente Guilherme Maluf (PSDB) determinasse a expulsão dos servidores que acompanhavam a sessão.
 
“Solicito e exijo que seja tirado esse povo. Isso aqui é uma casa de leis e aqui tem que ter respeito, como sempre tivemos com todos os servidores do estado”, declarou, ao exigir que a segurança retirasse os grevistas das galerias. A sessão chegou a ser interrompida e os demais deputados pediram que Nininho se acalmasse e a determinação foi revista.
 
Nininho declarou que a Assembleia fez o possível para que os servidores ganhassem ao máximo nessa disputa pelo RGA e lembrou que inicialmente não haveria reposição nenhuma, mas que a porcentagem agora conquistada foi costurada pelo parlamento. “Não quero dizer que somos contra o aumento do servidor. Pelo contrário, nós somos a favor. Nós fomos construir juntos para que fosse melhorada [a proposta]”, alegou.
 
A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) rejeitou, por 3 votos a 2, o substitutivo integral do deputado Zeca Viana (PDT), que previa o pagamento integral da reposição de 11,28% em nove parcelas. Já o substitutivo nº 2, enviado pelo governador Pedro Taques (PSDB) garantindo aumento de 7,54% nos subsídios, foi aprovado, também por 3 votos a 2.
  
O substitutivo do governo passou também pela Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária, por 3 votos a 2, que se reuniu durante a sessão e emitiu o parecer em plenário. Nessa comissão, foram contra o projeto do governo os deputados Silvano Amaral (PMDB) e Zé do Pátio (SD). 
  
O deputado Zeca Viana não escondeu sua indignação com a rejeição ao seu substitutivo pela CCJ. e conclamou os servidores a continuarem lutado pela integralidade do reajuste. Para isso citou a frase empregada desembargador Juvenal Pereira da Silva na decisão que manteve na legalidade a greve dos professores: “Aquele que não luta pelo seu direito, não é digno dele.
  
A deputada Janaina Riva reclamou da exposição ao qual os deputados foram colocados frente à sociedade durante todo o processo de negociação. “Nós não merecíamos ter passado por isso. muito menos vocês da base, que foram expostos ao ridículo. Colocaram a população contra vocês.
 
Emanuel Pinheiro lembrou que a oposição lutou de todas as formas ao lado dos servidores para que a reposição integral fosse concedida, inclusive usando artifícios regimentais para paralisar a tramitação do projeto do governo. “Não teve uma linha do nosso regimento interno que não foi usada”.
 
Os servidores que assistiram à sessão nas galerias do plenário gritaram palavras de ordem e ovacionaram os deputados que votaram contra o projeto do governo na primeira votação. Antes da sessão, eles cantaram o Hino Nacional. Ao final, saíram rapidamente
 
A proposta

A nova proposta prevê uma parcela de 2% em setembro deste ano, 2,68% em janeiro e 2,68% em abril de 2017. Porém, os cálculos serão feitos no formato juros sobre juros, ou seja, os 2,68% de janeiro terão como base de cálculo o salário de setembro, já com 2% de aumento, e a parcela de abril será calculada sobre o salário de janeiro – ao contrário das propostas anteriores, que previam pagamentos retroativos, mas todos sobre a data base de maio de 2016. Desse modo, no final das contas, o aumento no salário acaba sendo de 7,54%, e não de 7,36% que é a soma das parcelas.

O texto prevê também que a diferença para atingir os 11,28% referentes à inflação 2015 serão pagos em 2017, se houver margem na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). De acordo com a lei, o gasto com pessoal pode ser de até 49% da receita corrente líquida. No último balanço publicado pelo governo, referente aos meses de janeiro a abril deste ano, o governo estava em 50,46%.

Votos contrários: 
Emanuel Pinheiro
Janaina Riva
Silvano Amaral
Doutor Leonardo
Sebastião Rezende
Pery Taborelli
Zeca Viana
José Carlos do Pátio 
Wancley Carvalho
 
Votos favoráveis:
Gilmar Fabris
Wilson Santos
Baiano Filho
Dilmar Dal Bosco
Max Russi
Pedro Satélite
Mauro Savi
Oscar Bezerra
Saturnino Masson
Eduardo Botelho
Wagner Ramos
Nininho
José Domingos Fraga

Atualizada às 20h30
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet