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Sexta-feira, 10 de maio de 2024

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Taques quebra o silêncio, diz que sociedade conhece Riva e admite que requereu investigações ao MP sobre Bic Banco

Foto: Reprodução

Senador evitou rebater acusações de Riva

Senador evitou rebater acusações de Riva

O senador Pedro Taques (PDT-MT) ignorou as acusações feitas pelo deputado estadual José Riva (PSD), segundo o qual o próprio senador foi "mentor" da prisão (veja aqui) do presidente afastado da Assembleia Legislativa durante a quinta fase da  Operação Ararath, da Polícia Federal, que resultou ainda na execução de mandados de busca e apreensão contra diversas autoridades, incluindo o governador Silval Barbosa (PMDB) e na prisão do ex-secretário de Fazenda Eder Moraes (PMDB).


Em entrevista exclusiva ao Olhar Direto concedida no início da noite desta quarta-feira (28) no cafezinho do senado em Brasília, acompanhado de sua esposa, a advogada Samira Pereira Martins, o senador disse que o deputado Riva tem o direito à livre manifestação e que não se preocupa com o teor das acusações.

“Não tenho a dizer nada. É um direito constitucional dele falar o que entende. Eu acho que a sociedade mato-grossense conhece o deputado Riva como me conhece”, afirmou.

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O senador confirmou que é autor de um requerimento protocolado em 2012 na Procuradoria Geral da República que solicita investigações no Bic Banc, instituição investigada pela concessão de empréstimos fraudulentos em atendimento a interesses do ex-secretário de Fazenda Éder Moraes. Olhar Direto noticiou a denúncia na ocasião (veja aqui).

Questionado sobre a possibilidade de este requerimento ter sido determinante para deflagrar a quinta etapa da Operação Ararath, Taques disse não considerar que esse foco da investigação tenha sido decisivo ou preponderante no inquérito instaurado pelo MPF.

“Sou autor do requerimento de 2012. Esse foi um único ponto (da investigação). Mas existem outros pontos. Eu como senador da república recebi este documento e cumpri meu dever. Fiz. Mandei para o Ministério Público Federal, para o Ministério Público Estadual, Auditoria Geral do Estado e Tribunal de Contas do Estado e da União. Se me perguntar se foi isso que deflagrou a operação, eu digo que isso foi um ponto. Tem outros que a Polícia Federal e o Ministério Público estão investigando. Não acho que tenha sido um ponto chave. Mas eu fiz com fundamento no meu dever de fiscalizar. É minha obrigação fazer”, declarou.

Com relação aos R$ 230 mil doados pelo supermercadista e ex-presidente do PDT Fernando Mendonça para a campanha de 2010 – valores estes que representaram cerca de 20% do total declarado no Tribunal Regional Eleitoral – , Pedro Taques não só confirmou ter recebido os valores como garantiu que os valores foram declarados e aprovados pela justiça eleitoral.

“Doou, está na conta do TRE. O Tribunal aprovou as contas. Ele é investigado e eu confio nas instituições, no Ministério Público Federal, na Polícia Federal e não tenho mais nada a falar. Ele doou está lá declarado, sem ressalvas”, frisou.

Líder nas pesquisas eleitorais nas intenções de voto ao governo do estado, Pedro Taques prefere não comentar o fato de o senador Blairo Maggi (PR) ser pivô das investigações do MP.

“Com todo o respeito, eu tenho acompanhado este caso pela imprensa. Eu não li as peças. Aliás, eu tenho as peças que saíram na internet. Eu não tenho como fazer avaliação a respeito do senador Maggi. Eu não seria leviano de fazer qualquer avaliação sobre ele. Não sei o que tem lá”, ponderou.

Na avaliação do senador, a medida adotada pelo ministro Dias Tóffoli, do STF, que barrou busca e apreensão no escritório e residência do senador Maggi não foram tomadas com o objetivo de blindar o republicano. Taques afirma não saber se há outros parlamentares e autoridades envolvidas na Ararath.

“Não foi, em absoluto. Mas não tenho elementos para dizer isso (blindagem a Maggi) porque não vi os autos. Ouvi falar em 80 mandados de investigação, mas não tenho detalhes desta investigação. Ouvi falar também em 26 mandados. Ouvi falar que 200 pessoas seriam presas”, finalizou.
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