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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Torcedores usam aplicativos para completar álbum da copa em MG

A proximidade da Copa do Mundo traz um velho costume que já virou ‘febre’ entre os jovens. Torcedores viram colecionadores e correm contra o tempo para completar o álbum oficial da Copa do Mundo. Desta vez, para facilitar a tarefa, muitos contam com a tecnologia. Grupos criados em um aplicativo de troca de mensagens e em redes sociais facilitam a difícil missão de se ter todas as figurinhas sonhadas.


Em Poços de Caldas (MG), aos 33 anos, Lucas de Oliveira tem sete álbuns completos de copas do mundo. A cada 4 anos ele se aventura no desafio de completar um novo. Graças a um grupo criado no aplicativo “WhatsApp”, ele conseguiu completar o álbum da Copa 2014 em poucos dias.

“Levei apenas 8 dias para completar este álbum. Em poucas postagens, consegui várias figurinhas que me faltavam”, comentou Oliveira. Ele conta que gastou R$ 120 em figurinhas, que segundo ele, é o que vale o álbum. “Eu não gasto mais do que isso. O que falta eu troco e isso é gostoso e parte do prazer de colecionar”, pontuou.

Além de completar o próprio álbum, Oliveira dedica-se também a completar o álbum do sobrinho, o estudante Matheus Ramos de Oliveira, de 11 anos. Esta é a segunda vez que o garoto dedica-se à troca de figurinhas, e incentivado pelo tio, não pretende parar. “Eu gosto porque tenho a chance de interagir com pessoas que não conheço para trocar figurinhas, além de conhecer também jogadores de outros países”, contou o garoto.

Encontros presenciais

Apesar da facilidade nas trocas via internet e redes sociais, os encontros presenciais entre colecionadores ainda mobilizam centenas de pessoas. Em uma agência de revistas no Centro de Poços de Caldas, durante o último fim de semana, pelo menos 24 mil pacotes de figurinhas foram comercializados.

A estudante Ana DarymaCioffi, de 19 anos, conseguiu completar o álbum em menos de uma semana, por meio de trocas na faculdade. Agora, com as figurinhas que sobraram, vê uma oportunidade para reaver os R$ 150 que foram gastos.

“Eu vendo algumas. A dos jogadores normais vale R$ 0,20 e de jogadores brasileiros e escudos valem R$ 1. Gosto de colecionar, acho que nem tanto pelo dinheiro, mas pelo prazer da troca”, contou.

De acordo com a proprietária do local, Tatiana Alves, durante a manhã do domingo (6), foi necessário ir ao distribuidor para buscar mais pacotes. “Durante os finais de semana vem muita gente, ao menos umas 130 passam pela loja. Já durante a semana o movimento fica em torno de 80 pessoas. Nós disponibilizamos mesas para que eles troquem as figurinhas”, contou.

De pai para filho

A tradição das coleções passa também de pai para filho, como é o caso do encarregado de almoxarifado Fábio Bertozzi, de 53 anos, que desde 1998 leva o filho, Caio Bertozzi, hoje com 21 anos, aos encontros presenciais de trocas. “É uma terapia incrível. Me questionam a idade, mas nunca é tarde para brincar. Gosto disso para conversar com as pessoas, para trocar. Sou da época em que ainda ganhava-se brinde ao completar o álbum”, disse.

Para o filho dele, as trocas de figurinhas são também um importante momento de convivência. “É bom por estarmos juntos, aos domingos, montar o álbum também fortalece os laços entre pai e filho”, completou.
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