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Wilson mostra notas fiscais que comprovam pagamentos de R$ 3,6 milhões a familiares de Emanuel

27 Out 2016 - 10:11

Da Redação - Laíse Lucatelli / Da Reportagem Local - Jardel Arruda

Foto: Mayke Toscano/Assessoria

Wilson mostra notas fiscais que comprovam pagamentos de R$ 3,6 milhões a familiares de Emanuel
O candidato a prefeito Wilson Santos (PSDB) anunciou, em entrevista coletiva realizada na sede do PSDB em Cuiabá nesta quinta-feira (27), ter notas fiscais de pagamentos feitos pelo Grupo Caramuru a familiares do seu adversário Emanuel Pinheiro (PMDB). Ele afirmou ter recebido esses documentos de forma anônima, em seu gabinete, na noite de quinta-feira (26).


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Segundo Wilson, a Caramuru deixou de pagar R$ 50 milhões em impostos e, para isso, pagou cerca de R$ 4 milhões em propina aos parentes de Emanuel, dos quais ele garante ter identificado R$ 3,680 milhões. Ele já havia denunciado uma suposta propina de R$ 4 milhões que a cunhada de Emanuel, a empresária Bábara de Freitas Pinheiro, teria recebido para obter incentivos fiscais para o Grupo Caramuru. Ela é casada com Marco Polo Pinheiro, irmão de Emanuel, conhecido como Popó.

“Isso explica o comportamento de Emanuel Pinheiro em relação à CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal. Emanuel sempre emperra o avanço das investigações. Ele usou o mesmo modus operandi de Silval Barbosa (PMDB) que o levou à cadeia no caso Tractor Parts, de João Batista Rosa, que pagou R$ 2,7 milhões”, disse Wilson. “Ficou claro que além de ter participado de um esquema corrupto envolvendo seus familiares, Emanuel era o homem dentro da Assembleia que advogava para as empresas.”

O tucano lembrou, ainda, que Emanuel entrou na Justiça para conseguir uma vaga na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal, em 2015, e com uma liminar conseguiu ficar no lugar do deputado estadual Wancley Carvalho (PV). Além disso, Bárbara trabalhava como técnica administrativa da CPI, via Fundação de Apoio ao Ensino Superior Púbico Estadual (Faespe), entidade ligada à Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). A fundação atende todas as CPIs da Assembleia Legislativa, por meio de convênio.

Ao total, são 11 notas divididas entre as empresas “Pinheiro e Noronha” e “Actus”, do casal Barbara e Popó, todas em valores entre R$ 150 mil e R$ 200 mil; mais uma para a firma de Fabíola, da irmã de Barbara, Fabíola Sampaio, no valor de R$ 60 mil; e duas notas, uma no valor de R$ 1,330 milhão, e outra de R$ 560 mil, para escritório Figueiredo e Figueiredo Associados, que nunca prestou serviço à Caramuru, mas segundo Wilson é ligado a líderes do PMDB, como o deputado federal Carlos Bezerra. Para o tucano, isso ajuda a fechar o quebra-cabeça. 




O deputado Wilson Santos ainda destaca a quantidade de empresas diferentes existentes entre os familiares de Emanuel Pinheiro. Segundo ele, esse tipo de artifício evitava o uso direto do nome do peemedebista nos recebimentos de dinheiro ilegal. “A família dele tem desde empresas massa de pizza até empresa de comprar foguete para posar em Marte. Mais de 30 empresas a serviço de um mandato parlamentar”, sustenta o tucano.

Há coincidência na data de pagamento das notas fiscais com etapas do processo de incentivos fiscais da Caramuru junto ao governo de Mato Grosso. No dia 4 de setembro de 2014, o então secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Alan Zanatta, baixou uma resolução concedendo incentivos a três unidades da Caramuru Alimentos S/A. Na mesma data, duas notas de R$ 150 mil foram emitidas pela Caramuru, uma para a Pinheiro e Noronha, e outra para a Auctus - esta última cancelada e substituída por uma nota no dia 5. 

Já no dia 01 de outubro o Conselho de Desenvolvimento Empresarial (CEDEM) aprovou o enquadramento das três filiais da Caramuru no Prodeic. A decisão saiu no Diário Oficial que circulou no dia 02 do mesmo mês, mesma data em que mais duas notas foram emitidas, nos valores de R$ 150 mil cada, também às empresas Pinheiro e Noronha e Auctus.

Por fim, no diário de 16 de outubro foi publicada a adesão completa das três filiais, assinada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), pelo ex-secretário-chefe da Casa Civil Pedro Nadaf e pelo ex-secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alan Zanatta. Um dia antes havia sido emitida uma nota no valor de R$ 560 mil ao escritório Figueiredo e Figueiredo Advogados Associados, e um dia depois da publicação foi emitida uma nota de R$ 1,33 milhão.

Também no dia 16 foram emitidas notas para a Auctus e Pinheiro e Noronha, no valor de R$ 200 mil cada, além da nota emitida diretamente para Fabiola, de R$ 60 mil.

Atualziada às 11h38
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