O abate de fêmeas com idade acima dos 24 meses aumentou 74% no mês de janeiro de 2015, em comparação com dezembro de 2014, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (9), pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Foram enviadas ao ‘gancho’ cerca de 208 mil cabeças, ante 120 mil animais do mês anterior.

Conforme o instituto, a escalada no abate das fêmeas é normal para todo o começo de ano, pois os pecuaristas realizam lucros com aquelas cabeças que não ficaram prenhas na época de monta. “Este descarte se faz necessário devido ao custo de oportunidade de se manter no rebanho as fêmeas que não irão reproduzir”, pontua o Imea.

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O boletim semanal elaborado pela equipe do instituto ressalta que a cadeia da bovinocultura atravessa um período de forte retenção de matrizes, tendo em vista os elevados preços da arroba e do bezerro. “Com os atuais patamares de preço do bezerro e também da arroba, o produtor deve ficar atento para conseguir uma boa taxa de prenhez, efetuar o descarte voluntário de matrizes e assim garantir uma reposição de qualidade”.

De acordo com o Imea, o preço médio da arroba da vaca em Mato Grosso girou em torno de R$ 123 na primeira semana de fevereiro, com variação mensal de 0,89%. Os maiores valores nominais estão na região Centro-Sul do Estado, acima dos R$ 126 e, os preços mais baixos são registrados na região Nordeste, na casa dos R$ 119.

Na avaliação do instituto, apesar de os pecuaristas necessitarem reter a maior quantidade de fêmeas possível para manter um bom plantel de matrizes, o mês de janeiro é propício para “selecioná-las, descartando as vazias, já que os elevados preços da arroba da vaca conferem uma ótima receita neste início de ano”.