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Domingo, 28 de abril de 2024

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CENTRO-OESTE

'Conflitos agrários impedem competitividade do Brasil', dizem Federações da Agricultura

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

'Conflitos agrários impedem competitividade do Brasil', dizem Federações da Agricultura
Os conflitos agrários, principalmente na região Centro-Oeste, é hoje um dos maiores entraves, juntamente com a logística, para que o Brasil seja mais competitivo e se tenha sustentabilidade. O ponto foi abordado pelos quatro presidentes das Federações da Agricultura e Pecuária do Centro-Oeste na abertura da Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central, na noite de segunda-feira, 30 de agosto, em Campo Grande (MS).

Nos últimos dias o município de Antônio João, no Mato Grosso do Sul, vive um momento de tensão com a “invasão” de índios em 95 propriedades rurais. Mato Grosso vive também nos últimos dias invasões de propriedades por parte do Movimento dos Sem Terras (MST).

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“O governo federal tem de resolver a questão do Direito de Propriedade e logo”, destacou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul, Maurício Saito. Segundo ele, os produtores não conseguem entrar em sua propriedade e retirar seus pertences.

A Bienal dos Negócios da Agricultura começou em Mato Grosso com realização da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, a Famato. Contudo, segundo o presidente Rui Prado, percebeu-se que podia expandir o evento e realizar, juntamente com o Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, a Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central.

“O evento é uma prova de que o Centro-Oeste pode trabalhar unido e como podemos gerar competitividade no Brasil em uma região que se tem conflitos agrários, conflitos entre irmãos? É preciso que o governo federal resolva com urgência essa questão. Como podemos estar em pleno século XXI com conflitos desta natureza? E como podemos discutir sustentabilidade, como se quer, num estado, no Brasil, onde se morre gente por questões de conflitos agrários?”, pontuou o presidente da Famato, Rui Prado.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (FAPE-DF), Renato Simplício, destacou que a realização da Bienal nesta época é adequada para a situação que o Brasil vive, não apenas em decorrência aos conflitos agrários, mas também diante as questões econômicas e políticas. “As crises causam inquietação na sociedade e o anseio por mudanças”.

A Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central segue nesta terça-feira, 1º de setembro, em Campo Grande, com seminários que discutirão os entraves para a competitividade, importância de pesquisa e tecnologia, climatologia e qualificação e educação profissional.




*A reportagem viajou para Campo Grande a convite da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato)
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