O custo de produção da safra 2015/2016 de milho subiu cerca de 30% em Mato Grosso no comparativo com o ciclo 2014/2015, o que leva os produtores a ligarem o "sinal amarelo" para a produção 2016/2017. O estado já semeou 1,3% dos 3,3 milhões de hectares previstos e comercializou 55,4% das 19,9 milhões de toneladas estimadas.

O custo por hectare em Mato Grosso saltou de uma média de R$ 1.971 na safra 2014/2015 para R$ 2.553 no atual ciclo. O impacto é proveniente dos insumos, mais precisamente dos fertilizantes, que saltaram de R$ 519,01 para R$ 606,15 por hectare, e defensivos agrícolas, que subiram de R$ 242,33 para R$ 346,03 o custo por hectare em Mato Grosso.

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A compra de insumos, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), está "praticamente" encerrada em Mato Grosso e os olhos dos produtores devem mirar para as vendas.

O cereal em Mato Grosso é comercializado, hoje, no mercado disponível em média a R$ 23,45 a saca de 60 quilos. A saca está variando entre R$ 23,50 em Sinop e R$ 26,30 em Alto Araguaia.

“Observa-se que o mercado interno está oferecendo bons preços a termo nos últimos dias, considerando o contrato mais líquido, ago/set-16. A volta do dólar a patamares acima de R$ 4,00, somada aos ganhos do milho na CBOT desde o início deste mês, vem possibilitando ao produtor janelas de bons preços. O receio que vinha ocorrendo no fim de mês em relação ao tamanho da nova safra, que freou o ritmo de vendas, foi retomado neste mês. Daqui para frente, os produtores devem alisar ainda mais suas expectativas de produção, para poderem aproveitar de novas altas que forem surgindo, sobretudo, atreladas ao dólar”, pontua o Imea.