A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu em 6,05% a sua perspectiva para a produção de soja na safra 2015/2016. O decréscimo refere-se à diferença entre a primeira e a quinta projeção de safra do atual ciclo. Ao se comparar com a produção 2014/2015 constata-se um recuo de 2%. Com a perspectiva de queda na soja, a produção total deverá encolher 2,1%.

Os números constam no quinto levantamento de safra de grãos 2015/2016 divulgado pela Conab, nesta quinta-feira, 04 de fevereiro.

A atual estimativa aponta uma produção de 50,603 milhões de toneladas em Mato Grosso. O volume é 2,1% menor que as 51,167 milhões de toneladas referentes à safra 2014/2015. Ao se confrontar com a primeira projeção para o ciclo 2015/2016, divulgada em outubro, há uma retração de 3,5% frente as 52,485 milhões de toneladas previstas.

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A produção mato-grossense de grãos equivale a 24% das 210,269 milhões de toneladas estimadas para o Brasil. Segundo a Conab, a previsão para o país é um crescimento de 1,3% a produção.

No primeiro levantamento para a soja a Conab projetava uma produção de 29,225 milhões de toneladas. Neste quinto levantamento de safra a projeção aponta 27,456 milhões de toneladas, 6,05% de retração motivada pelo stress hídrico. Ao se comparar com o ciclo 2014/2015 verifica-se um recuo de 2% ante as 28,018 milhões de toneladas colhidas na época.

“O Mato Grosso, maior produtor nacional, em virtude da instabilidade climática, observada desde o início do plantio apresenta lavouras em praticamente todos os estágios de produção. Isso se deve à identificação particularmente no médio norte mato-grossense e no meio e sul do Vale do Araguaia, do forte atraso no plantio, que causou situações distintas. A primeira foi a do replantio das lavouras que comparado com o levantamento anterior realizado pela Conab, imaginava-se ser maior do que ocorreu efetivamente. A segunda tendência observada entre os produtores foi a de não assumir riscos e plantar a lavoura quando as chuvas estivessem estabilizadas e ainda uma terceira situação, que foi a aposta dos produtores em acreditar no forte potencial de recuperação da oleaginosa e não promover replantios”, pontua a Conab.

Milho

O milho 2ª safra, também, apresenta decréscimo. A perspectiva diante o ciclo 2014/2015 é de queda de 1,8%, de 20,305 milhões de toneladas para 19,929 milhões.

"Nesta temporada o clima irá ditar a magnitude das safras de milho segunda safra em todo o país, uma vez que o atraso no plantio da soja poderá trazer uma forte repercussão no plantio do cereal. Em Mato Grosso, maior produtor nacional, em função do atraso da colheita e do subsequente plantio do milho segunda safra, optou-se por manter a área do ano passado, 3.352,9 mil hectares, até que se obtenha informações mais seguras sobre a intenção dos produtores", afirma a Conab.

Algodão

Ao contrário da soja e do milho, para a produção de algodão é apontada uma leve alta de 0,4%. As perspectivas apostam em 2,314 milhões de toneladas de algodão em caroço, das quais após beneficiamento devem resultar em 925,7 mil toneladas de algodão em pluma e 1,388 milhão de toneladas em caroço de algodão.