A escala de abate nos frigoríficos de Mato Grosso caiu pela metade desde o começo do ano, segundo dados do boletim da bovinocultura elaborado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Conforme o levantamento, a escala média caiu de dez dias no início do ano para “cinco ou seis”.

Conforme o instituto, isso acontece porque a oferta de gado está baixa em Mato Grosso. “Cada vez menos boiadas terminadas estão chegando à indústria e é senso comum no Estado que o gado terminado em confinamento do primeiro giro não está no mercado”, pontua o Imea.

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Com a falta de bois terminados para abate, começa a surgir a “entressafra” do boi gordo em Mato Grosso. “Mesmo com registro de algumas chuvas no Estado, o boi de pasto já rareou, o que tinha de fêmeas para ir para o gancho já foi e, para piorar a situação da oferta, a boiada de confinamento não entrou no mercado até o momento, restringindo a oferta disponível para abate”.

Bom pasto, escala de abate e preços afastam safra do boi

Essa escassez de gado pronto faz os preços no mercado físico subirem dia após dia. Contribuindo para o cenário favorável de preços, a demanda apresenta-se boa e a demanda externa melhor ainda. Mato Grosso voltou a exportar mais de 100 mil toneladas de carne bovina no primeiro semestre do ano de 2013, volume registrado pela última vez no primeiro semestre de 2010.

“Portanto, o cenário atual de preços é condizente com o mercado, com elevações de preços consecutivas e que tendem a continuar subindo no curto prazo”, diz o boletim do boi.