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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Notícias | Pecuária

Pesquisa traça o perfil reprodutivo do mangalarga marchador

Foto: Foto: Reprodução

Mangalarga marchador tem hoje cerca de 600 mil animais registrados no Brasil

Mangalarga marchador tem hoje cerca de 600 mil animais registrados no Brasil

O cavalo mangalarga marchador tem mais de 200 anos de história, mas somente agora vem sendo tema de pesquisas para melhorar o desenvolvimento da raça. Um projeto inédito vem pesquisando o perfil reprodutivo do garanhão mangalarga marchador. A pesquisa avalia as características reprodutivas da raça e vai servir de base para o mercado de genética.

A raça brasileira mangalarga marchador tem hoje cerca de 600 mil animais registrados. Os garanhões entram no mercado com a missão de ajudar no melhoramento genético, mas estavam faltando informações balizadas em pesquisas oficiais para direcionar os criatórios da raça. Estudos internacionais desde a década de 80 vem traçando todos os dados sobre o perfil reprodutivo, tecnicamente chamado perfil andrológico, de diferentes raças em todo mundo, mas as raças brasileiras ficaram de fora.

Esta lacuna de informação vem sendo preenchida pela pesquisa iniciada em 2012, encabeçada pelo veterinário Renan de Oliveira, doutorando em Fisiologia e Reprodução Animal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). O projeto conta com a parceria da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM). Em 19 criatórios, os pesquisadores analisaram 111 garanhões, como o Sino, campeão nacional de marcha cuja cobertura custa mais de R$ 5 mil.

A pesquisa em curso na UFV vai determinar as características de comportamento dos animais, parâmetros relativos a qualidade do sêmen, como por exemplo, número de espermatozoides, anormalidades que podem afetar a fertilidade dos garanhões. Os resultados já obtidos mostram que o sêmen do cavalo mangalarga marchador está dentro dos padrões para as raças do mesmo porte, comparando com o que já foi realizado de pesquisa no mercado mundial. O levantamento brasileiro vai auxiliar até na hora de planejar o manejo no criatório.

– Muitas vezes poucos cavalos vão servir um número muito grande de éguas, então pequenas falhas de manejo ou a utilização excessiva de alguns animais pode levar ao um prejuízo muito grande para diversos criatórios. Agora vamos ter uma referência com os cavalos da raça, coisa que a gente não tinha – explica o pesquisador Renan de Oliveira.

O resultado final da pesquisa vai sair no início de 2014.

– O ponto mais importante disso tudo é determinar se o cavalo de um criatório tem potencial de ter esse sêmen comercializado de diferentes formas para que, a partir disso, se estabeleça a maneira mais correta de utilização dos garanhões. Descrevendo esses parâmetros vamos ter a referência desses animais para determinar a forma mais correta de utilização – diz Oliveira.
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