A Câmara Setorial do Leite se reuniu nesta quinta, dia 8, em Brasília para discutir a necessidade de modernização do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), e o regulamento de inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal. O assunto se arrasta há décadas e voltou a ser questionado. A regulamentação foi criada nos anos 50 e é considerada ultrapassada pelo setor.

As condições de hoje são absolutamente diferentes das condições de 1952, quando foi criado o Riispoa. Há necessidade de uma adequação, de modernização, de um Riispoa que venha a considerar todas essas tecnologias novas, todas essas possibilidades que não haviam naquela época – diz Rodrigo Santana Alvin, presidente da Comissão de Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A modernização do Riispoa pode aprimorar o sistema de transporte do leite cru. De acordo com a regulamentação, o transbordo é proibido e, atualmente, prejudica produtores e indústrias, que gastam mais tempo e dinheiro com o processo feito a moda antiga.

Rio Grande do Sul

As medidas de fiscalização na produção e distribuição do leite cru no país também foram abordadas. Segundo o Mapa, o Rio Grande do Sul cumpriu as modificações que foram definidas na última reunião, como a forma de cobrança do frete, o número de testes nas amostras de leite e a redução do horário de recebimento do produto nos estabelecimentos. Isso em função da descoberta de uma fraude que adicionou formol ao produto durante o transporte para a indústria.

– É bom lembrar que são medidas que se aplicam à realidade do RS, que tinha um arranjo diferente, e que as medidas que serão implantadas no nível nacional estão sendo discutidas e analisadas aqui na Câmara Setorial – salienta Judi Maria da Nóbrega, diretora substituta do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.