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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

Notícias | Pecuária

Pecuaristas do PI ainda sofrem os efeitos da estiagem prolongada

Foram cinco meses de espera e só agora, em agosto, o criador Miguel Ricardo do Nascimento recebeu o milho vendido pela Conab: mil quilos.


É com esse alimento que ele vai reforçar a ração dos animais debilitados pela seca. Miguel tinha 115 cabeças, mas 40 não resistiram a estiagem prolongada.

Para piorar a situação, o criador tomou R$ 47 mil emprestado do banco e agora não tem como pagar. O dinheiro foi usado para perfurar poços e implantar um sistema de irrigação, que não deu certo por causa da aridez do solo.

A Agência de Defesa Agropecuária estima que na região centro-sul do Piauí 15 mil bovinos já tenham morrido por causa da seca. A situação é mais grave no município de Lagoa do Sítio, a 234 quilômetros de Teresina.

Uma das recomendações da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí é que os criadores vendam o gado para os frigoríficos antes que eles fiquem magros demais e não tenham valor comercial.

Na tentativa de salvar o rebanho, muitos criadores fizeram roças e mais roças de capim, que até nasceu, mas por falta de chuva, secou muito cedo e não serve de alimento para os animais.

O pequeno rebanho de Francisco de Assis já está no fim. Dos 34 animais que tinha, ele vendeu 20 e seis morreram nas últimas semanas. “Para mim é como morrer um ente querido”, lamenta.

Criadores de cabra fazem longas caminhadas em busca de água para matar a sede dos animais. Diferente do gado, alimentar os caprinos é mais fácil.
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