Olhar Direto

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Opinião

Não somos todos iguais, não estamos todos iguais!

Comemorar o Dia da Consciência Negra, num país mestiço é no mínimo irônico, pois a ‘’negritude ‘’ no Brasil está difundida e vivenciada pela população de forma consensial, que somente nessa época de comemoração cívica evidencia-se a temática. O termo ‘’negritude’’ só surgiu no vocabulário universal na década de 30, o racismo em escala mundial foi responsável pela obliteração da produção e difusão intelectual do povo africano, massacrando a cultura na forma do colonialismo e racismo; povo intrépido, que aqui chegou sem vontade própria, obrigados a apagar sua história, por conta do fenômeno missionarista a princípio e, a posteriori, na colonização, onde  toda negritude  teria que ser soluto na visão eurocêntrica, uma forma forjada de massacre na medida da  imposição do pensar branco, aniquilando  a essência do arroubo negro. A relevância do papel da religião na desconstrução do acervo cultural do africano tem notoriedade, sempre se opuseram a dominação colonialista, racista; onde todo material intelectual foi suprimido, menciono o pensador Muryatan Barbosa "o racismo justifica e naturaliza as políticas de repressão e desumanização instauradas pelas classes dominantes", segundo Barbosa para combater o racismo, independente da origem seria necessário entender a estrutura racista das sociedades. Foi renegado ao negro o seu passado, presente e futuro neste país, remetendo a ideia que a sua história teria começado com a escravidão, convertendo-se o antes e o depois dela deliberadamente desconhecidos. Convenientemente instituída na nossa Constituição de 1988, os negros nascidos no Brasil deixaram de ser brasileiros para serem afrodescendentes, isso é meramente quimérico.

Prof Eliana Tenutes
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