Desenvolver atitudes sustentáveis são imprescindíveis em nossas vidas, seja em casa ou até mesmo na construção de grandes marcas. Para ter a sustentabilidade como aliada é preciso produzir menos resíduos, utilizar energia limpa e implementar sistemas de gestão ambiental (SGA). Em casa, promove redução de custos e equilíbrio ambiental. Para uma empresa, ser sustentável traz ganhos operacionais, aumenta o lucro financeiro e melhora a imagem da companhia. O grande desafio das empresas é repensar as metas de redução dos impactos ambientais, visando incluir a natureza como parte central da economia, sociedade e cotidiano.

O desenvolvimento sustentável é baseado em um tripé, que como uma cadeira, precisa que todos estejam igualmente alinhados. Esse formato é composto pelo desenvolvimento social, econômico e ambiental. Infelizmente muitas pessoas pensam que desenvolvimento sustentável é apenas proteger a natureza. Por ora, deixamos de refletir na produção de alimento, na geração de lucros, com respeito aos recursos naturais, e na formação dos envolvidos. No entanto, é um erro muito comum pensar dessa forma. A única maneira de satisfazermos nossas necessidades sem comprometer as capacidades de sustento das gerações futuras é manter uma economia pautada no desenvolvimento sustentável.

No que tange ao capitalismo sustentável e consciente espera que haja uma mudança de olhar por parte das empresas e stakeholders no que diz respeito a uma quebra de velhos paradigmas ligados à responsabilidade socioambiental e à cultura de muitos benefícios e concentração de renda na mão de poucas pessoas. O mindset engessado e pouco conectado ao mundo pós-normal do mercado pode ser transformador desde que a interação humana e o convencimento proporcionem argumentos emocionais que resultam em ganho de competitividade.

Hábitos cotidianos de consumo precisam ser avaliados por cada um de nós. Eles são diretamente derivados das relações das empresas com seus stakeholders, cujas crenças acabam sendo replicadas e comportamentos compartilhados. As organizações podem e devem desenhar seus produtos para que eles nunca virem resíduos, inspirando em seus líderes, colaboradores, fornecedores e consumidores essa mentalidade. Na hora da compra de qualquer produto, seja ele for, é preciso se atentar à pegada sustentável e avaliar o elo dele com a cadeia produtiva. 

A ideia de lixo é um erro, ou seja, um erro humano sem paralelos que precisa ser repensado por nós cidadãos. É preciso se atentar aos produtos, cujos rótulos dispõem de itens que seriam descartados e passariam por novos produtos a partir do material reciclado. E, além disso, possuem uma cadeia eficiente de seus componentes por sua vez gerados. Assim, um desenvolvimento apenas para a lucratividade, sem se preocupar com os impactos, é egoísta e autodestrutivo. O jeito é apostar no bem-estar social e na manutenção dos recursos naturais para as gerações futuras, sem deixar de lado os ganhos econômicos.

Thiago Itacaramby é comunicador social e gestor ambiental em Cuiabá